Publicado 14/08/2019 16:10
Rio - A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) indiciou Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos, e Lucas Cezar dos Santos de Souza, 18, por homicídio qualificado pela morte do pastor Anderson do Carmo de Souza, 42. Ambos são filhos da deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ), que era mulher do pastor assassinado na madrugada do último 16 de junho, em Niterói, na Região Metropolitana do estado.
Anderson era pai adotivo de Lucas Cezar e padrasto de Flávio, que era filho biológico de Flordelis. Os dois acusados foram presos momentos depois do enterro do pastor, no dia seguinte ao assassinato. Desde então, eles estão na carceragem da DHNSG. O inquérito da titular da especializada, a delegada Bárbara Lomba, também pede a conversão da prisão dos dois de temporária por preventiva.
De acordo com a Polícia Civil, o documento foi entregue nesta quarta-feira ao Ministério Público estadual (MP-RJ) e encerra a primeira fase das investigações do caso.
"Agora, será dado início à segunda fase da investigação para identificar a participação de possíveis coautores no crime", a secretaria informou, em nota.
EXECUÇÃO
O pastor Anderson do Carmo foi morto com pelo menos 30 tiros minutos depois de chegar em casa com a esposa, no bairro de Pendotiba. Durante as investigações, os policiais encontraram no quarto de Flávio a pistola de 9mm usada no crime.
De acordo com a Polícia Civil, Flávio confessou ter atirado seis vezes no pai. A defesa dele, no entanto, nega que ele tenha confessado oficialmente e disse que Flávio não estava na presença de um defensor quando relatou o fato aos policiais. Lucas, segundo a polícia, teria comprado a pistola.
A motivação do crime ainda é investigada.
DEFESAS
Procurado pelo DIA, o advogado de Flodelis, Fabiano Leitão, informou que a deputada não vai comentar o indiciamento dos filhos. "Mas ela recebeu a notícia com muita tristeza e respeita o trabalho da polícia e confia na Justiça", disse.
A defesa de Lucas Cezar disse à Agência Brasil que seu cliente é inocente e que provas colhidas na investigação mostram que ele saiu da casa antes do crime. "Os elementos colhidos na investigação denotam a não participação do Lucas. Ele esteve na casa, porém saiu muito antes da suposta execução", disse o advogado Victor Viana.
Já a defesa de Flávio criticou a condução das investigações e disse que não teve acesso ao inquérito, nem aos depoimentos de seu cliente, que foram prestados sem a presença de um advogado. "Nos traz um alívio que seja remetido ao Judiciário. Sabemos que vamos poder desempenhar o nosso papel com mais lisura, efetividade e mais respeito por parte do Judiciário", disse o advogado Maurício Mayr, acrescentando que pretende contestar provas e inquirir testemunhas.
Já a defesa de Flávio criticou a condução das investigações e disse que não teve acesso ao inquérito, nem aos depoimentos de seu cliente, que foram prestados sem a presença de um advogado. "Nos traz um alívio que seja remetido ao Judiciário. Sabemos que vamos poder desempenhar o nosso papel com mais lisura, efetividade e mais respeito por parte do Judiciário", disse o advogado Maurício Mayr, acrescentando que pretende contestar provas e inquirir testemunhas.
* Com informações da Agência Brasil
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