Criminosos metralham carro de ex-PM na Avenida das Américas, na BarraDivulgação
Por O Dia
Publicado 30/01/2021 12:45 | Atualizado 30/01/2021 17:35
Rio - Um ex-policial militar foi alvo de um atentado na Avenida das Américas, Barra da Tijuca, na manhã deste sábado. Segundo informações iniciais, um grupo de homens armados com fuzis dispararam mais de 40 vezes contra o carro blindado onde estavam a vítima e seu segurança. Alguns tiros chegaram a perfurar a blindagem e feriram os dois. Após o crime, o grupo fugiu em direção ao Recreio dos Bandeirantes.
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O alvo foi identificado como o ex-PM Adriano Maciel de Souza, que seria um contraventor, e o outro homem que exercia a função de segurança pessoal do bicheiro. Eles foram socorridos e levados para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra da Tijuca. A Polícia Civil informou que não houve mortos.
Inicialmente, a PM informou que quatro pessoas ficaram feridas no atentado, mas a informação foi corrigida e somente o ex-PM e seu segurança foram atingidos. Uma terceira pessoa passou mal e estava em estado de choque na cena do crime.
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As equipes da 16ª DP (Barra da Tijuca) e da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foram acionadas e estiveram no local do crime, em frente ao condomínio Blue. A ocorrência está em andamento. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital, que vai fazer uma varredura nas câmeras de segurança próximas ao local do crime.
De acordo com a PM, Adriano Maciel de Souza ingressou nos quadros da Corporação em 14 de maio de 1985 e foi excluído, como soldado PM, dois anos e sete meses depois, em 14 de dezembro de 1987. A polícia não deu maiores detalhes sobre a sua expulsão.
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A disputa pelo poder no Rio de Janeiro
Ainda não há informações oficiais que apontem que o atentado contra o ex-PM Adriano Maciel de Souza tenha ligação direta com a disputa entre bicheiros no Rio de Janeiro. No entanto, por ser apontado como contraventor, Adriano pode ter sido o novo alvo desta guerra pelo controle de pontos de jogo de bicho e máquinas de caça-níqueis na cidade. Ao longo de décadas, a contravenção deixou um rastro de crimes sem solução.
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O caso mais recente foi do contraventor Fernando Iggnácio, genro de Castor de Andrade, assassinado no início no começo de novembro de 2020, em um heliponto no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. 
Iggnácio estaria voltando de Angra dos Reis, na Costa Verde, quando foi atingido na cabeça.
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Fernando Ignácio travou uma luta durante décadas pela herança de Castor de Andrade, lendário bicheiro morto em 1997. Desde a morte de Castor, o filho Paulo Roberto, o sobrinho Rogério de Andrade e o genro travaram uma sangrenta batalha pelo espólio da contravenção, principalmente o das máquinas de caça-níquel. O filho de Castor, Paulo Roberto, foi assassinado em 1998, e Rogério de Andrade sofreu diversos atentados nas últimas duas décadas. O mais grave deles foi em 2010, quando uma bomba estourou em seu veículo. O objetivo ela matá-lo, mas era o filho de Rogério, de apenas 17 anos, quem dirigia o carro.
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