Publicado 03/02/2021 15:53
Rio - Marcada por aplausos e muita comoção, familiares e amigos se despediram da pequena Ana Clara Gomes, de 5 anos, que morreu na tarde desta terça-feira (2) na porta de casa na comunidade Monan Pequeno, em Niterói, Região Metropolitana.
O sepultamento, que estava lotado, aconteceu por volta das 14h no Cemitério São Francisco Xavier, em Charitas. Dois ônibus fretados pelos parentes da vítima chegaram ao local com faixas com dizeres como: “Estamos de luto. Justiça por Ana Clara” e “Quando uma mãe chora, todas choramos”.
O sepultamento, que estava lotado, aconteceu por volta das 14h no Cemitério São Francisco Xavier, em Charitas. Dois ônibus fretados pelos parentes da vítima chegaram ao local com faixas com dizeres como: “Estamos de luto. Justiça por Ana Clara” e “Quando uma mãe chora, todas choramos”.
Alguns familiares também levaram um lençol manchado de tinta vermelha para representar o sangue de Ana Clara. Neste momento, houve uma gritaria de pessoas acusando a PM pela morte da criança.
"É uma covardia matar criança. O policial parecia estar drogado. Até quando vão continuar matando inocente? Tiraram a vida de uma criança de cinco aninhos".
Maria dos Prazeres, a bisavó de Ana Clara, pediu respeito as pessoas que moram na favela.
"Nós moradores de comunidades sofremos muito. Quando a polícia entra, ela não respeita. Eles acham que todo mundo é envolvido com o tráfico. Nós moramos na favela porque não temos escolha. Minha bisneta morreu nos braços da mãe dela. Quem fez isso tem que ser punido. Nós temos que ser respeitados. Cadê a justiça dos homens?".
"Nós moradores de comunidades sofremos muito. Quando a polícia entra, ela não respeita. Eles acham que todo mundo é envolvido com o tráfico. Nós moramos na favela porque não temos escolha. Minha bisneta morreu nos braços da mãe dela. Quem fez isso tem que ser punido. Nós temos que ser respeitados. Cadê a justiça dos homens?".
Após o sepultamento, familiares e amigos fizeram um protesto no Largo da Batalha, próximo ao local onde aconteceu o crime.
Dezenas de motoqueiros estiveram na manifestação com o objetivo de fazer barulho e pedir justiça. Alguns amigos e familiares seguravam bolas brancas simbolizando a paz.
Em certo momento, os manifestantes foram para a frente do 12ºBPM (Largo da Batalha), onde tinham cinco militares apenas observando de braços cruzados. A todo momento os familiares gritavam o nome de Ana Clara e chamava a Polícia Militar de assassina.
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