Publicado 07/02/2021 05:00
Rio - A Prefeitura do Rio apresentou o plano de volta às aulas da rede municipal de ensino, que conta com 1.543 unidades escolares. O anúncio oficial foi feito pelo prefeito Eduardo Paes com o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, e o secretário de Saúde, Daniel Soranz. O retorno presencial está marcado para o dia 24 de fevereiro, já as aulas remotas voltam a partir da desta segunda-feira (8). O plano estabelece medidas de prevenção, monitoramento e contingência de casos do coronavírus.
O secretário Ferreirinha ressaltou que o plano é dinâmico e pode ser modificado de acordo com as condições epidemiológicas de cada região da cidade.
"A escola só voltará se tiver o protocolo sanitário seguido à risca, além da questão da infraestrutura e questão de recursos humanos. Tudo isso faz parte para que a escola esteja apta a abrir."
Duas etapas
A volta às aulas terá duas etapas iniciais: remota, a partir de 8 de fevereiro, e presencial, a partir de 24. As aulas presenciais estão divididas em fases.
Na primeira fase, voltam parcialmente alunos da pré-escola, 1º e 2º ano. Na segunda, voltam parcialmente alunos de creches, 3º ao 6º ano e 9º ano. Na terceira e última etapa, mais alunos de creches e 6º ano, alunos do 8º ano, PEJA e Classes Especiais.
Para evitar aglomeração, a quantidade de alunos nas unidades estará condicionada às condições epidemiológicas de cada região administrativa da cidade. Se a situação estiver moderada (bandeira amarela), as unidades escolares poderão receber 75% de seus alunos. Se estiver alta (bandeira laranja), 50% de sua capacidade. E se estiver muito alta (bandeira vermelha), 30% da capacidade.
Programa Conectados
O Programa Conectados irá oferecer dados patrocinados aos 641 mil alunos e 39 mil professores da rede municipal de ensino para que tenham acesso gratuitamente à plataforma de aulas. Estudantes que não têm equipamentos para acessar a internet ou morem em áreas sem cobertura, vão receber o material didático impresso e, em algum momento, irão às escolas deixar as atividades didáticas.
Caso o aluno tenha alguma dúvida, ela será respondida na próxima vez em que ele for à escola buscar suas atividades didáticas. As principais diretrizes do protocolo visam reduzir as chances de contaminação dentro das unidades escolares.
Para isso, o distanciamento dentro das escolas, creches e EDIs será de 1,5 metro, a higienização das mãos será frequente, o uso de máscara será obrigatório, exceto para crianças de até 3 anos, e as refeições serão feitas dentro das próprias salas, para evitar aglomeração nos refeitórios. Além disso, o horário de entrada e saída será escalonado.
O secretário Renan Ferreirinha explicou que estudantes e profissionais da Educação do grupo de risco só participarão de atividades presenciais nas unidades de ensino quando forem vacinados.
Limpeza nas escolas
As unidades de ensino receberão ações de limpeza e desinfecção, segundo as recomendações da Anvisa, e o chão das unidades terão marcações para facilitar o distanciamento necessário. As janelas e portas ficarão abertas para facilitar a ventilação, e atividades ao ar livre terão prioridade.
As mesas dos professores ficarão, no mínimo, distantes 2 metros da dos estudantes. Entre os alunos, a distância das carteiras será de 1,5 metro.
Além disso, os alunos não poderão compartilhar objetos pessoais, como livros e canetas. Os parquinhos das unidades serão usados apenas por crianças de até 10 anos, que deverão manter a distância de 1,5 metro umas das outras.
As bibliotecas estarão liberadas, desde que respeitando o distanciamento e garantindo que os funcionários higienizem as mãos com álcool em gel 70% antes e depois de manusear o acervo.
O protocolo sanitário que será usado nas escolas municipais tem o aval do Comitê Especial de Enfrentamento à covid-19 da prefeitura do Rio, grupo formado por especialistas em Saúde, pesquisadores e acadêmicos.
Monitoramento de casos
A rede de Educação do Rio contará com o aplicativo Alerta Covid-19, que irá reunir notificações de pessoas da comunidade escolar contaminadas pela doença. Será feito ainda um acompanhamento integrado dos registros com encaminhamento para a SMS e determinação de isolamento.
Além disso, a volta às aulas conta com um plano de contingência, que reúne cinco diretrizes: afastamento de quem contrair covid-19, isolar estudantes que tiverem contato com pessoas contaminadas (quem estiver indo às aulas presencialmente passará automaticamente para o ensino remoto, isolar professor contaminado (se for possível substituir o professor, as aulas continuarão presenciais), isolar uma turma se for registrado mais de um caso no intervalo de 14 dias, e se mais de um caso surgir, no intervalo de 14 dias, em turmas diferentes da mesma escola, o comitê local, SMS e SME poderão decidir pelo fechamento da unidade.
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