Publicado 11/03/2021 10:43
Rio - O aumento em 20% na procura por emergências, a alta taxa de ocupação de leitos de UTI, que passa dos 90%, a chegada de novas variantes e a dificuldade de manter o cronograma da vacinação dão o tom da gravidade da Covid-19 no Rio. Se o cenário não é o pior do país, mas ainda assim inspira preocupação. Nesta quinta-feira, a prefeitura anunciou mudanças em relação às medidas restritivas que estão em vigor desde a semana passada. A principal alteração é no horário de funcionamento dos bares e restaurantes, que agora poderão funcionar das 10h30 às 21h.
O que continua proibida é a permanência de pessoas na rua de madrugada, entre 23h e 5h, sob risco de multa. Todo o comércio deverá funcionar com 40% da capacidade total. Desta vez, o decreto é válido a partir da meia-noite desta sexta, até o dia 22 de março. Confira o que muda:
- O setor de serviços deverá funcionar das 8h às 17h. O setor da administração pública funcionará entre 9h e 19h. O comércio em geral, incluindo bares, restaurantes e quiosques, deverão funcionar entre 10h30 e 21h. O horário é válido, inclusive, para os quiosques da orla, antes proibidos. Os estabelecimentos, no entanto, deverão seguir com rigor o horário de funcionamento, sob multa de R$ 14 mil e até fechamento por 15 dias, punição prevista no Diário Oficial.
"Não vai ser tolerado nenhum tipo de aglomeração. Os bares serão fechados por 15 dias (caso descumpram). Isso está no decreto. Está todo mundo mais do que avisado", afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. Na semana passada, reportagem do DIA flagrou donos de bares desrespeitando o decreto, inclusive 'escondendo' clientes.
- Comércio de ambulantes na orla poderão funcionar até às 17h. Antes, estavam proibidos. Importante: quiosques do calçadão entram no comércio que deverá funcionar entre 10h30 e 21h.
- Boates, casas de espetáculo, rodas de samba seguem proibidas.
- A permanência de pessoas paradas na rua seguem proibidas entre 23h e 5h. Aglomerações em praças serão fiscalizadas com rigor. A multa é fixada em R$ 562,82 para cada pessoa que descumprir. O decreto prevê que a Secretária de Ordem Pública e a Vigilância de Saúde podem ordenar regras específicas, mais duras, para bairros e ruas que descumpram as medidas. "Lapa, Olegário Maciel (na Barra), Dias Ferreira (no Leblon), Vista Alegre...Nós podemos ter medidas restritivas para esses lugares", comentou o prefeito Eduardo Paes.
- A exposição e a venda de bebida alcóolica em bancas de jornais e revistas também estão proibidas.
Prefeitura escalona horários para conter caos do transporte público
As novas medidas restritivas tiveram, desta vez, uma preocupação especial com o transporte público, apontado por especialistas como um dos principais disseminadores do vírus. A partir desta sexta-feira, haverá um escalonamento de entrada e saída para evitar o caos no horário de rush nos ônibus, trens, metrôs e BRTs.
"Haverá um escalonamento. Vamos fiscalizar, mas é uma tentativa de diminuir a pressão sobre os transportes públicos. Eles são um dos dois principais vetores de contaminação, ao lado das aglomerações. Nós buscamos aqui tentar diluir o deslocamento da cidade em mais horas durante o dia. Isso foi discutido, debatido com diferentes setores de atividade econômica. Nós decidimos, então, a partir de hoje, fazer esse escalonamento nos horários de início e término", explicou o prefeito Eduardo Paes.
"Haverá um escalonamento. Vamos fiscalizar, mas é uma tentativa de diminuir a pressão sobre os transportes públicos. Eles são um dos dois principais vetores de contaminação, ao lado das aglomerações. Nós buscamos aqui tentar diluir o deslocamento da cidade em mais horas durante o dia. Isso foi discutido, debatido com diferentes setores de atividade econômica. Nós decidimos, então, a partir de hoje, fazer esse escalonamento nos horários de início e término", explicou o prefeito Eduardo Paes.
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