Publicado 18/03/2021 10:00
Rio - Nada está descartado para conter o aumento de internações por Covid-19 no Rio, nem mesmo o fechamento completo da cidade e a adoção de barreiras sanitárias. Foi o que admitiu o prefeito Eduardo Paes durante a inauguração do BioParque, antigo Jardim Zoológico da Quinta da Boa Vista, na Zona Norte. Na sexta-feira (19), a prefeitura divulga um boletim epidemiológico e pode já antecipar novas medidas restritivas. Mas o próximo fim de semana é que será fundamental para avaliar, na próxima segunda-feira, se as regras serão endurecidas, inclusive com ampliação de horário da proibição de permanência na rua, a suspensão de cultos e o fechamento de parte do comércio.
Na próxima segunda, pela manhã, prefeitura e secretaria municipal de Saúde se reúnem com o comitê científico para avaliar a situação do Rio. O número de internações e a movimentação na cidade no fim de semana serão fundamentais para tomar uma decisão mais rigorosa. A previsão do tempo é de céu claro, o que levar ainda mais pessoas às ruas. Em contato com O DIA, um membro do comitê científico adiantou que algumas das sugestões ao município são a proibição de celebrações religiosas, o estímulo ao home office e o fechamento de bares às 17h. Até segunda-feira, vale o decreto de fechar às 21h. Novas mudanças devem ser publicadas no Diário Oficial do dia seguinte.
Via Twitter, Paes adiantou que "certamente" uma medida que deve ser tomada é a de antecipar feriados de abril para o mês de março: Tiradentes, dia 21, e São Jorge, dia 23. O mês ainda tem a Sexta-Feira Santa, dia 2, e o domingo de Páscoa. A prefeitura ainda decidirá as novas datas.
"A gente vai discutir a possibilidade de fechamento completo da cidade. O mês de abril é ruim para a atividade econômica porque têm muitos feriado, como a Semana Santa, São Jorge e Tiradentes. Podemos fazer a antecipação dessas datas nos próximos 10 a 15 dias para termos um momento de interrupção da passagem do Covid", afirmou.
"Ontem perdemos 3 mil vidas por conta desse vírus [No Brasil]. Continuamos muito atentos. Podemos trazer restrições, na segunda-feira estarei convocando uma reunião com o comitê científico e vou analisar os números dessa semana para debater sobre possíveis novas restrições", comentou Paes.
Prefeito pede ao governador integração nas restrições e faz apelo a Bolsonaro
Paes também fez um apelo ao presidente Jair Bolsonaro, para que sejam adotadas ações emergenciais de transferência de renda no molde do auxílio emergencial.
"Faço meu apelo ao Bolsonaro e ao Congresso: não é possível, 90% do país no lockdown sem que haja estímulos, medida de transferência de renda e nenhum auxílio para empresários e comerciantes. Ações tomadas no mundo inteiro, até os mais liberais na economia entendem a importância do Estado nesse momento", afirmou o prefeito.
Por fim, o prefeito disse que não adiantaria ele fechar a cidade sem uma coordenação com o governo do Estado e outras prefeituras da Região Metropolitana.
"Ontem conversei com o Cláudio Castro, disse a ele que é muito difícil que uma cidade como o Rio tomar medidas sem que coordenem com os municípios. As ações no Brasil vêm sendo tomadas por governos estaduais. A cidade do Rio vai tomar suas decisões mas vamos sempre informar e discutir com o governador, esperando que tenhamos uma solidariedade metropolitana", disse.
Paes concluiu a fala explicando que se os outros municípios vizinhos não aumentarem as medidas restritivas, a taxa de ocupação dos leitos de UTI na capital continuariam com números altos.
"Não é admissível ver a situação, basta ver o número de espera, 80% em Seropédica, Arraial do Cabo, Nova Iguaçu, e a rede municipal de saúde desses lugares não tem enfermaria e hospitais, tendo que recorrer à Região Metropolitana", concluiu.
Paes também fez um apelo ao presidente Jair Bolsonaro, para que sejam adotadas ações emergenciais de transferência de renda no molde do auxílio emergencial.
"Faço meu apelo ao Bolsonaro e ao Congresso: não é possível, 90% do país no lockdown sem que haja estímulos, medida de transferência de renda e nenhum auxílio para empresários e comerciantes. Ações tomadas no mundo inteiro, até os mais liberais na economia entendem a importância do Estado nesse momento", afirmou o prefeito.
Por fim, o prefeito disse que não adiantaria ele fechar a cidade sem uma coordenação com o governo do Estado e outras prefeituras da Região Metropolitana.
"Ontem conversei com o Cláudio Castro, disse a ele que é muito difícil que uma cidade como o Rio tomar medidas sem que coordenem com os municípios. As ações no Brasil vêm sendo tomadas por governos estaduais. A cidade do Rio vai tomar suas decisões mas vamos sempre informar e discutir com o governador, esperando que tenhamos uma solidariedade metropolitana", disse.
Paes concluiu a fala explicando que se os outros municípios vizinhos não aumentarem as medidas restritivas, a taxa de ocupação dos leitos de UTI na capital continuariam com números altos.
"Não é admissível ver a situação, basta ver o número de espera, 80% em Seropédica, Arraial do Cabo, Nova Iguaçu, e a rede municipal de saúde desses lugares não tem enfermaria e hospitais, tendo que recorrer à Região Metropolitana", concluiu.
*Estagiário sob supervisão de Gustavo Ribeiro
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