Segundo o presidente do grupo Cataratas, responsável pela gestão do BioParque, Pablo Morbis, o novo espaço terá como foco a sustentabilidade.
"Nós estamos trabalhando fortemente com a união entre a educação e a pesquisa nessa iniciativa. O que queremos é transformar o BioParque em um lugar de referência para a conservação e proteção dos nossos animais", afirmou Pablo.
A inauguração do BioParque foi feita em uma data especial, pois é comemorado o aniversário de 76 anos do espaço nesta quinta. O diretor do parque, Manoel Browne, disse que os cariocas podem esperar um show de encantamento e experiência. “Cuidamos com muito zelo do nosso parque, que traz um novo conceito de zoológico com uma relação direta entre a educação, a interação humana e o bem-estar animal em primeiro lugar”, afirmou.
Durante o período de pandemia, o parque funcionará com a capacidade reduzida a 20% do público. O zoo promete seguir com um rigoroso protocolo de segurança para evitar tanto a contaminação humana quanto a animal. Nos postos de triagem será feito a aferição da temperatura.
Para além de um zoológico, um Centro de Conservação
O novo zoo vai abrigar aproximadamente 140 espécies diferentes, dos quais 33% sofrem risco de extinção. O objetivo é garantir, por meio de um espaço acolhedor, que os bichos possam viver em um ambiente mais próximo possível do que seria a natureza. É o que explica um dos biólogos técnicos responsáveis pelo BioParque, Cláudio Maas.
"Fizemos aqui o planejamento da população dos animais. Diferente do antigo espaço que tinha uma condição de vida limitante, agora conseguimos ressignificar a instituição para que saíssemos de um zoo expositivo e nos tornássemos um centro de conservação", afirmou.
Ele também disse que o maior objetivo do BioParque é garantir a prosperidade das espécies de forma semelhante a um ambiente natural. Para as famílias que tiverem interesse em visitar o novo zoo, Cláudio afirmou que as pessoas vão conhecer um lugar de excelência.
"Os visitantes vão se surpreender com um ambiente de primeiro mundo no BioParque, com ampla manutenção dos espaços de animais e constante cuidado humano. Reunimos um local seguro, agradável e que remete aos grandes ecoparques do mundo", concluiu.
Reformas ampliaram o espaço dos animais e retiraram as grades
As obras, que levaram quase dois anos, buscaram expandir os espaços dos animais e retirar a antiga arquitetura de confinamento. O novo zoo imita o ambiente em que os bichos viveriam na natureza, sendo possível identificar a separação das áreas do BioParque em diversos biomas, com locais que lembram as savanas africanas, o cerrado, e florestas tropicais. Existe também uma fazenda e um lugar especial que reúne as espécies carnívoras.
Entre as novas áreas de visitação estão a Vila dos Répteis, com jacarés e serpentes; a Ilha dos Primatas, o setor Reis da Selva, com leões, onças e tigres; a Savana Africana, com zebras, girafas e hipopótamos; os Polinizadores, local onde os visitantes poderão ter contato com pequenos insetos e borboletas, entre outros.
Ingressos para visitação devem ser comprados pelo site
As famílias interessadas em fazer uma visita ao parque devem fazer a compra dos ingressos exclusivamente pelo site. O valor individual é R$ 39,75, para a tarifa normal. Crianças e jovens estudantes até 21 anos, idosos e pessoas com deficiência poderão pagar meia entrada, por R$ 19,87. Para quem possui até dois anos e 11 meses não há cobrança.
O BioParque também oferece o plano de sócios, com o valor individual por R$ 80 ao ano. O titular também pode incluir até sete dependentes por mais R$ 60, cada um. O pagamento poderá ser parcelado em até 12 vezes sem juros.
A arquitetura do BioParque trouxe uma concepção inovadora ao zoológico. A principal das mudanças foi a retirada das jaulas e a integração dos animais com o ambiente, por meio de barreiras naturais.
Em uma parte da Ilha dos Primatas, por exemplo, o espaço não possui nenhuma barreira, sendo a água a única limitação que separa os animais dos visitantes. Isso garante maior conforto ao animal sem alterar a segurança das pessoas. Quem comparecer ao zoo também poderá caminhar por túneis, corredores e passarelas, com uma nova experiência sensorial.
*Estagiário sob supervisão de Cadu Bruno
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.