Fiocruz assina contrato para produção de vacina 100% nacional
Assinatura faz parte da última etapa do processo de transferência de tecnologia da AstraZeneca. Expectativa é produzir 15 milhões de doses por mês
Rio - A Fiocruz assinou, nesta terça-feira, contrato com a farmacêutica AstraZeneca que formaliza a transferência do conhecimento necessário para a produção do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) da vacina AstraZeneca/Oxford nas instalações de Bio-Manguinhos/Fiocruz. Com isso, a fabricação do imunizante passará a ser feita integralmente no Brasil. Segundo a Fiocruz, a expectativa é que as primeiras doses da vacina 100% brasileira sejam entregues em outubro, com capacidade de produção de cerca de 15 milhões de doses por mês.
"A assinatura do contrato de transferência de tecnologia traz materialidade à independência nacional na produção da vacina covid-19. É uma resposta importante que trazemos para o país no combate à pandemia, aliada à incorporação de uma nova tecnologia que também poderá ser utilizada para trazer futuras soluções para a saúde da população", diz Mauricio Zuma, diretor de Bio-Manguinhos/Fiocruz.
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A previsão, segundo a Fiocruz, é que o IFA comece a ser produzido em junho. Para tanto, foram feitas adaptações da planta fabril e a aquisição dos equipamentos necessários à incorporação da tecnologia no Centro Henrique Penna (CHP), parte do Complexo Tecnológico de Vacinas (CTV) que fica no campus da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio. A preparação foi feita a partir da doação de recursos da iniciativa privada.
De acordo com a Fiocruz, as instalações já receberam as Condições Técnico-Operacionais (CTO), concedidas pelas Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), bem como o certificado de Boas Práticas de Fabricação (cBPF) para a produção do IFA. E o instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz está apto a iniciar a produção.
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No momento, a instituição segue com as etapas preliminares de treinamento da equipe técnica. A produção incluirá uma série de etapas, passando pela produção inicial de dois lotes de pré-validação e três de validação, que passarão por testes de comparabilidade pela AstraZeneca, até alcançar a produção em larga escala.
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