Segundo o secretário, a previsão atual do ministério para junho inclui 20,9 milhões de doses da vacina da AstraZeneca fornecidas pela Fiocruz, 12 milhões de doses da vacina da Pfizer, 5 milhões de doses da CoronaVac, da Sinovac, envasadas pelo Instituto Butantan, e 4 milhões de doses da vacina da Pfizer a serem recebidas por meio do programa global Covax.
Ele ainda disse que o ministério está tentando antecipar a chegada de dois lotes de insumos da vacina AstraZeneca previstos originalmente para 20 de junho, o que poderia reverter a redução de doses provocada pelo atraso da Fiocruz, mas ainda não há garantias de envio por parte da China.
O Brasil vacinou até o momento 42,7 milhões de pessoas com a primeira dose, o equivalente a 20,3% da população, mas apenas metade recebeu as duas doses, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Tanto a Fiocruz quanto o Butantan foram forçados a interromper por alguns dias a produção das vacinas da AstraZeneca e CoronaVac, respectivamente, pelo atraso no envio de insumos pela China. A produção foi retomada esta semana, mas as entregas ao ministério irão demorar ainda algumas semanas.
"Há uma dificuldade com os insumos a nível mundial, isso não se verifica apenas no Brasil", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na audiência, acrescentando que o esforço "em busca de vacinas é diuturno".
Queiroga afirmou que o ministério também tenta antecipar a chegada das 38 milhões de doses contratadas da vacina da Janssen, da Johnson & Johnson, cuja previsão original é de 17 milhões no terceiro trimestre e 21 milhões no quarto.
O ministro também comentou conversas com os Estados Unidos em vista de incluir o Brasil entre os países destinatários de vacinas que serão doadas pelo governo norte-americano, e reiterou que o Brasil não seria beneficiado por uma eventual licença compulsória para produção de vacinas.