Publicado 31/03/2021 06:49
Rio - As investigações da morte do menino Henry Borel, de 8 anos, ganharam novos capítulos. Nesta terça-feira (30), a Polícia Civil anunciou que teve usar um programa de dados especial para acessar os celulares do casal Monique Medeiros e Dr Jairinho (vereador pelo Solidariedade) e resgatar mensagens que foram apagadas. Os aparelhos foram apreendidos na semana durante operação de busca e apreensão em endereços dos familiares da criança. Ao todo, 11 celulares de todos os envolvidos foram apreendidos.
O delegado Edson Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), já ouviu mais de 15 testemunhas sobre o caso. Entre elas, a empregada doméstica que limpou o apartamento do casal um dia após a morte de Henry, uma ex-namorada do parlamentar que o acusou de agressões contra ela e uma filha na época menor de idade, a psicóloga do menino e os profissionais da área saúde que atenderam a criança no Hospital Barra D'Or. Também foram ouvidos os peritos que atestaram a causa da morte.
A criança morreu na madrugada do último dia 8 de março, em circunstância que ainda não estão esclarecidas para a Polícia Civil. Henry estava no apartamento do padrasto e, segundo depoimento do casal, foi encontrado pela mãe desacordado no chão do quarto em que dormia. Monique e Jairinho alegam que estavam vendo televisão e não vigiavam a criança. O apartamento do casal passou por nova perícia.
A defesa do casal disse ser "comum" as pessoas apagarem algumas mensagens. "Não estranharia se apagassem. É comum apagarem dos celulares, eu apago dos meus", disse André França, em entrevista à TV Globo, alegando que não tinha a informação de que o casal teria deletado algumas mensagens dos aparelhos.
O advogado disse que após a apreensão de sexta-feira da semana passada, a mãe de Henry te seu celular Hackeado. Ele alega que ela tentou fazer um registro na delegacia de crimes de informática, mas sem sucesso.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.