Henry Borel: polícia suspeitou que casal planejava fugir do Rio
Em mensagens recuperadas no celular de Monique Medeiros os investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) descobriram que o casal tinha medo que descobrissem sua localização
Rio - Mensagens recuperadas do celular da professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto na madrugada do dia 8 de março, e namorada do vereador Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Dr. Jairinho, levaram à Polícia Civil a levantar a suspeita de que o casal planejava uma fuga do Rio dias antes da prisão. Os dois foram indiciados por homicídio duplamente qualificado e prática de tortura.
Nas conversas, divulgadas pelo Jornal Nacional, Monique e Jairinho se mostram preocupados com a localização de onde estão. A professora se preocupa com um aplicativo de rede social que mostra onde ela estaria.
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"Eu acho que o insta mostra a localização”, diz reforçando: “Será que conseguem localizar a casa de onde dormimos?”.
O delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP (Barra da Tijuca) apreendeu os aparelhos e pediu as quebras dos sigilos telefônicos do casal.
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Jairinho e Monique foram presos no dia 8 de abril, um mês depois da morte de Henry, na casa de uma tia do político, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Anteriormente, os dois haviam informados que estariam morando na casa dos pais, também em Bangu.
Após a prisão, a polícia descobriu um histórico violento do parlamentar, contra filhos de ex-namoradas.
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Monique e Jairinho decidiram trocar de advogados. A nova defesa da mãe de Henry Borel pediu que ela fosse ouvida novamente, mas a polícia negou o pedido.
Para a Polícia Civil, diferente do que escreveu em uma carta, Monique não era manipulada por Jairinho. Segundo o delegado Henrique Damasceno, a professora deveria proteger o filho do agressor.