A reportagem do DIA teve acesso ao relatório do inquérito, que contém as mensagens.
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*Agressão do dia 2 de fevereiro
No dia 2 de fevereiro, a babá relatou, em tempo real ao noivo o que ocorria no apartamento.
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Naquela manhã, Monique foi ao futevôlei, ocasião em que Jairinho ficou sozinho com Henry e a babá no apartamento.
Henry, com saudades, chama pela mãe no quarto. Nisso, Jairinho vai até o cômodo e teria dito: "Henry você não pode chorar, é muito mimado".
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A babá descreve ao noivo "o menino agarrou no meu pescoço, começou a chorar muito muito muito mesmo, que você vê que não é normal sabe", diz trecho da conversa.
A babá continua. "Aí entrou com o menino para o quarto dele (fiquei sem saída, né). Ele gritou quero minha tia, me leva para a minha tia".
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Em seguida, diz. "Agora ele está chorando muito no quarto. Parece que está tampando a boca da criança". (...) "Chorando e gritando muito, prometo".
Ela não interrompeu a agressão, mas disse que iria relatar à Monique. Henry ficou 30 minutos no quarto e permaneceu apático o restante do dia.
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"Nós temos provas de que ela (Monique) soube disso tempos depois. Não temos como indiciá-la por tortura omissão nesse dia, mas no dia 12, sim", disse Henrique Damasceno, titular da 16°DP (Barra da Tijuca).
*Agressão do dia 12 de fevereiro
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A babá descreve ao noivo que o episódio é 10 vezes pior do que o anterior. Nesse dia, ela chega a avisar à Monique da agressão em tempo real. Ela, por sua vez, não retorna para o apartamento imediatamente. E, por isso, foi indiciada pelo crime tortura-omissão.
Na ocasião, ela chegou a ter a blusa rasgada pela criança, que não queria sair do colo dela para ser levada ao quarto por Jairinho.