Publicado 15/04/2021 06:41 | Atualizado 15/04/2021 13:45
Rio - Um ataque a tiros, na madrugada desta quinta-feira (15), resultou na morte do cabo da Polícia Militar Haron Coelho Ferreira, de 29 anos. O crime ocorreu na Linha Vermelha, na altura do Caju, na Zona Portuária, ao lado de uma cabine blindada que está desativada.
A família esteve no Instituto Médico Legal (IML) no fim da manhã, mas não quis falar com a imprensa. Segundo o laudo preliminar, Haron foi atingido por mais de dez tiros. Os disparos atingiram o abdômen, uma das pernas e o braço direito do cabo. Ainda segundo o instituto, a morte do PM foi em decorrência de uma hemorragia. Um soldado que estava com ele também foi baleado, mas sobreviveu ao ataque.
De acordo com a Polícia Militar, o policial estava em uma viatura do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE) baseada próxima a alça de acesso à Ponte Rio-Niterói, quando homens armados com fuzis e pistolas passaram atirando.
O dois policiais foram socorridos para o Hospital Central da Polícia Militar, no Rio Comprido, mas o cabo da PM não resistiu.
A PM realizou buscas pela região, mas não encontrou os responsáveis pelos disparos. Uma pistola e carregadores de fuzil foram encontrados a poucos metros do local do tiroteio. O armamento apreendido foi levado para ser periciado.
A Delegacia de Homicídios da Capital vai investigar o caso. A Polícia Civil vai analisar as imagens da CET-Rio para identificar o carro usado pelos bandidos.
Em nota, a PM lamentou a morte do policial e disse que o Cabo Haron tinha 29 anos e estava na Corporação desde 2011. Ele deixa esposa e uma filha.
POSSÍVEL MOTIVAÇÃO
A Polícia Civil vai apurar a informação, divulgada nas redes sociais, de que o ataque contra a viatura do BPVE ocorreu em retaliação a morte de um traficante Moises Pereira Marreiro de Araújo, conhecido como Moises da Rajada, apontado como uma das lideranças do tráfico de drogas no Morro da Providência.
O criminoso foi baleado na quarta-feira (14) durante um confronto com policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Providência. Segundo testemunhas, o tiroteio ocorreu na localidade conhecida como Portuários. Ele estava armado com uma pistola.
Moises chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, mas não resistiu.
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