Publicado 20/04/2021 17:45 | Atualizado 21/04/2021 12:06
Rio - O presidente do sindicato de Rodoviários do Rio, Sebastião José, afirma que caso a imunização da categoria não comece até o dia 1° de maio, a capital pode viver "um lockdown de advertência no transporte urbano". Em paralelo, motoristas e fiscais do Leste Fluminense organizam uma paralisação que pode acontecer no próximo dia 26. O setor cobra a inclusão dos trabalhadores na lista de prioridades de vacinação.
Na semana passada, rodoviários de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá decidiram pela paralisação no dia 26 como cobrança pela inclusão no calendário de vacinação. Em São Paulo, capital, e Guarulhos, também há movimentações de suspensão das atividades. Rodoviários fazem parte do grupo prioritário no Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, mas não há expectativa de imunização no Rio. A Secretaria Municipal de Saúde afirma que aguarda o avanço do cronograma de entrega de novas doses para "poder atender outros grupos prioritários no menor prazo possível" (confira a nota completa no fim da matéria).
Um levantamento feito pelo Sindicato de Rodoviários do Rio aponta que 56 rodoviários morreram na capital desde o início da pandemia. Os números podem ser bem maiores, segundo trabalhadores do setor.
"Desde janeiro que estamos solicitando à prefeitura a aplicação da vacina, mas não fomos atendidos. Infelizmente, desde o início da pandemia chegou ao conhecimento da direção do sindicato 196 casos de coronavírus, que vitimou 56 profissionais. Por isso nossa insistência em imuniza-los o mais rápido possível", afirmou o presidente do sindicato, Sebastião José.
"Não vamos politizar a vacinação. Acredito e tenho fé que a prefeitura vai se sensibilizar e verá a vacinação dos profissionais. Mas caso isso não ocorra o lockdown de 1° de maio estará mantido", concluiu José.
Um rodoviário que administra páginas em favor da categoria, e prefere não se identificar, afirma receber a notícia de pelo menos um óbito por dia. Segundo ele, só em março foram mais de 20 colegas.
"Hoje o rodoviário trabalha com medo. Ele não sabe se vai passar essa doença para os familiares. Não há suporte da prefeitura, nem da empresa, nem dos consórcios. É inexplicável uma categoria que carrega centenas de vidas diariamente não estar inclusa na prioridade. É revoltante o tanto que o rodoviário é desmerecido no Rio", afirmou o trabalhador.
Em nota, a Secretaria municipal de Saúde informou que "as vacinas estão chegando aos poucos ao município e, pelo cronograma de entregas do Ministério da Saúde, não haverá ainda doses para todos a curto prazo. Diante disso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) precisou elencar prioridades dentro dos grupos contemplados pelo Programa Nacional de Imunizações, visando sempre atender primeiro aqueles que, estatisticamente, apresentam mais complicações diante da infecção pelo coronavírus".
A SMS diz ainda que "aguarda o avanço do cronograma de entregas de vacinas pelo Ministério da Saúde e também trabalha com a possibilidade de compra direta de vacinas, após aprovação da ANVISA, e espera com isso poder atender outros grupos prioritários no menor prazo possível"
Um levantamento feito pelo Sindicato de Rodoviários do Rio aponta que 56 rodoviários morreram na capital desde o início da pandemia. Os números podem ser bem maiores, segundo trabalhadores do setor.
"Desde janeiro que estamos solicitando à prefeitura a aplicação da vacina, mas não fomos atendidos. Infelizmente, desde o início da pandemia chegou ao conhecimento da direção do sindicato 196 casos de coronavírus, que vitimou 56 profissionais. Por isso nossa insistência em imuniza-los o mais rápido possível", afirmou o presidente do sindicato, Sebastião José.
"Não vamos politizar a vacinação. Acredito e tenho fé que a prefeitura vai se sensibilizar e verá a vacinação dos profissionais. Mas caso isso não ocorra o lockdown de 1° de maio estará mantido", concluiu José.
Um rodoviário que administra páginas em favor da categoria, e prefere não se identificar, afirma receber a notícia de pelo menos um óbito por dia. Segundo ele, só em março foram mais de 20 colegas.
"Hoje o rodoviário trabalha com medo. Ele não sabe se vai passar essa doença para os familiares. Não há suporte da prefeitura, nem da empresa, nem dos consórcios. É inexplicável uma categoria que carrega centenas de vidas diariamente não estar inclusa na prioridade. É revoltante o tanto que o rodoviário é desmerecido no Rio", afirmou o trabalhador.
Em nota, a Secretaria municipal de Saúde informou que "as vacinas estão chegando aos poucos ao município e, pelo cronograma de entregas do Ministério da Saúde, não haverá ainda doses para todos a curto prazo. Diante disso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) precisou elencar prioridades dentro dos grupos contemplados pelo Programa Nacional de Imunizações, visando sempre atender primeiro aqueles que, estatisticamente, apresentam mais complicações diante da infecção pelo coronavírus".
A SMS diz ainda que "aguarda o avanço do cronograma de entregas de vacinas pelo Ministério da Saúde e também trabalha com a possibilidade de compra direta de vacinas, após aprovação da ANVISA, e espera com isso poder atender outros grupos prioritários no menor prazo possível"
A capital já começou a imunizar agentes de segurança - bombeiros e policiais -, profissionais da educação e da saúde, mas ainda não há previsão de quando motoristas e fiscais serão vacinados. A pasta afirma que depende da chegada de novas remessas e que elencou, até agora, os grupos que "apresentam mais complicações diante da infecção pelo coronavírus".
No Rio de Janeiro, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário - urbano e de longo curso, como intermunicipais - estão incluídos no calendário de vacinação contra a gripe, entre os dias 9 de junho e 9 de julho, mas não há previsão para a vacina contra o coronavírus.
O Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus que atuam no Rio, se posicionou para que os funcionários sejam vacinados. "Os rodoviários são verdadeiros heróis desses tempos de pandemia. Em nenhum momento do longo período de recomendação de isolamento houve qualquer tipo de paralisação da circulação do transporte por ônibus na cidade. Nada mais justo e seguro que estas pessoas sejam reconhecidas e cuidadas pelo governo", afirmou Paulo Valente, porta-voz do Rio Ônibus. Segundo cálculos da entidade, os trabalhadores lidam com uma média de 200 pessoas por dia durante o exercício da função. Há aproximadamente 11 mil motoristas e fiscais na capital.
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