Pedido de revogação da prisão de Rogério Andrade é negadoArquivo
Por O Dia
Publicado 30/04/2021 19:12
Rio - A juíza Viviane Ramos de Faria, da 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, negou o pedido de anulação da prisão preventiva solicitada pela defesa do contraventor Rogério de Andrade. A decisão foi registrada na última quarta-feira (28). Rogério Andrade é apontado como o mandante do assassinato do também contraventor Fernando Iggnácio, no dia 10 de novembro de 2020, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. 
"Mantenho a prisão preventiva do acusado Rogério Costa de Andrade e Silva. Em relação aos pedidos de quebra de sigilo fiscal, bancário e de dados de usuários de redes sociais (Instagram e Facebook), tem-se que não houve a indicação do lapso temporal abrangido pela medida pleiteada. Assim, retornem os autos ao MP para melhor explicitar e delimitar as medidas pretendidas", escreveu a juíza na decisão.
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Em outro trecho, a juíza solicita ao Ministério Público que inclua o contraventor na lista de procurados internacionais da Interpol
A juíza Viviane Ramos de Faria havia decretado a prisão de Rogério Andrade, no dia 12 de março deste ano, pela morte do bicheiro Fernando Iggnácio. A vítima e o denunciado são, respectivamente, genro e sobrinho do falecido Castor de Andrade, que foi chefe do jogo do bicho no Estado.

Além de Rogério, a magistrada manteve a prisão do policial reformado Márcio Araújo de Souza, apontado como braço direito de Andrade.
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Relembre o caso
Iggnácio foi morto a tiros de fuzil, no dia 10 de novembro do ano passado, vítima de uma emboscada num heliporto no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Segundo a Delegacia de Homicídios da Capital, ambos, Rogério e Iggnácio disputavam territórios da contravenção. O crime teria sido motivado por uma briga por herança.
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De acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), o crime aconteceu por volta das 9h, quatro homens que já foram denunciados chegaram de automóvel ao local do assassinato, tendo três deles invadido o terreno baldio que faz divisa com o heliporto, usando pelo menos dois fuzis.

Após aguardarem por cerca de quatro horas, Fernando Iggnácio desembarcou em seu helicóptero, retornando de Angra dos Reis. Os denunciados, então, teriam posicionado suas armas em cima do muro, a uma distância de, aproximadamente, quatro metros do local onde estava estacionado o automóvel dele, apontam as investigações. A vítima foi atingida com três disparos, um deles na região da cabeça.
Fernando Iggnácio morreu em meio a disputa por herança

Fernando Ignácio travou uma luta durante décadas pela herança de Castor de Andrade, lendário bicheiro morto em 1997. Desde a morte de Castor, o filho Paulo Roberto, o sobrinho Rogério de Andrade e o genro travaram uma sangrenta batalha pelo espólio da contravenção, principalmente o das máquinas de caça-níquel.
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