Diversos atos contra a violência no Jacarezinho foram feitos no RioDaniel Castelo Branco
Por O Dia
Publicado 07/05/2021 09:10 | Atualizado 08/05/2021 09:30
Rio - A operação policial realizada nesta quinta-feira (6) no Jacarezinho, que resultou na morte de 28 pessoas, incluindo o policial civil André Frias, pode ter sido vazada momento antes de acontecer. Os agentes apreenderam documentos com timbre do Ministério Público dentro de uma casa onde criminosos foram baleados e mortos. O imóvel é apontado como o principal refúgios dos traficantes. Os papéis detalhavam toda a investigação que resultou na operação Expertis.
A ação é tratada como a mais sangrenta no Estado do Rio. De acordo com o delegado Felipe Curi, diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada, os 24 suspeitos mortos eram envolvidos com o tráfico de drogas. Segundo ele, três suspeitos eram alvos da operação. 
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“A investigação é realizada há 10 meses. Nesse curso, identificamos que o tráfico vinha aliciando crianças e adolescentes. Durante a investigação, a gente identificou uma série de crimes. Algumas pessoas eram executadas pelo chamado "Tribunal do Tráfico" e não podiam ser enterradas por seus familiares", explicou o delegado. 
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Em junho do ano passado, o Superior Tribunal Federal (STF) determinou que as operações policiais nas comunidades do Rio durante a pandemia deveriam ser realizadas em caráter excepcionais e informadas ao Ministério Público Estadual com antecedência. 
O MPRJ informou que a operação Expertis foi avisada. Sobre o suposto vazamento de informações, o MP disse que: "esclarece que foi ajuizada ação penal pública, com oferecimento de denúncia no processo número 0158323-03.2020.8.19.0001 em 22/4/2021, sendo recebida no dia 28/04/2021 pelo Juízo da 19ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, oportunidade em que foi suspenso o sigilo do processo, tornando públicas todas as peças processuais". A divulgação dos documentos encontrados na comunidade foi feita pelo portal Metrópoles e confirmada pelo O DIA
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A Polícia Civil vai apurar se o suposto vazamento de informações pode ter colaborado para que os traficantes montassem uma barreira para impedir o acesso dos agentes. 
 
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