Publicado 13/05/2021 07:22 | Atualizado 13/05/2021 08:05
Rio - A Polícia Federal e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/RJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) realizam uma operação na manhã desta quinta-feira contra uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas na Região dos Lagos.
A ação foi batizada de Operação Maleficus e conta com 80 policiais federais para o cumprimento de 19 mandados de prisão e 19 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Rio das Ostras, Macaé, Campos dos Goytacazes, e na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, onde estão presos quatro dos denunciados, expedidos pela 2ª Vara Criminal de Rio das Ostras/RJ.
Durante as investigações foram presos 40 criminosos em flagrante, e com eles apreendidas substâncias como maconha e cocaína, 12 armas de fogo de diversos calibres, um veículo clonado e dinheiro em espécie.
De acordo com as investigações do Gaeco, o grupo se articulou entre 2015 e 2016 para o tráfico de drogas nas cidades de Rio das Ostras, Rio de Janeiro, Casimiro de Abreu (Barra de São João) e Quissamã. O Inquérito Policial n° 0109/2015, instaurado pela Polícia Federal, constatou a existência de uma organização criminosa estruturada formada pelos denunciados, integrada à facção criminosa conhecida como “ADA – Amigo dos Amigos”. Segundo o MPRJ, o objetivo principal era a comercialização de entorpecentes em pontos de venda implantados e mantidos, principalmente, em áreas da cidade de Rio das Ostras e de municípios vizinhos.
Segundo a Polícia Federal, os carregamentos contendo drogas saíam de comunidades da cidade do Rio de Janeiro, dominadas pela mesma facção criminosa que atuava em Rio das Ostras, onde passavam a ser distribuídas para outros municípios vizinhos.
Fernando Lemos Gonçalves, um dos denunciados presos e também conhecido como “Bruxo” ou “Mano”, é o líder do grupo e chefe da ADA nos bairros Nova Cidade, Nova Esperança, Ilha, Recanto, Cidade Praiana e Gelson Apicelo, em Rio das Ostras, e em outros municípios. Bruxo gerenciava a compra, venda, distribuição e o armazenamento de substâncias entorpecentes (maconha, cocaína e crack), assim como de matéria-prima e acessórios para a preparação e modificação das drogas. A finalidade era determinar sua remessa aos pontos de vendas em comunidades dominadas pela associação criminosa.
Para tanto, “Bruxo” era auxiliado, principalmente, pelos denunciados Filipe de Souza dos Santos, vulgo “Preá”, e Edina Guiomar Sales Ferraz Reis, que atuavam diretamente como porta-vozes do chefe, cuidavam da separação, guarda e envio das drogas direcionadas aos pontos de venda controlados pela organização, em especial, em bairros de Rio das Ostras dominados pela organização criminosa.
Os presos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Federal em Macaé para os procedimentos de praxe e responderão por crimes como: tráfico de drogas, associação ao tráfico ilícito de entorpecentes e porte ilegal de arma de fogo, cujas penas podem ultrapassar os 20 anos de prisão.
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