Material apreendido na casa do irmão do ex-prefeito de Saquarema
Material apreendido na casa do irmão do ex-prefeito de Saquarema Divulgação
Por O Dia
Rio - A Polícia Civil e o O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam em flagrante o irmão do ex-prefeito de Saquarema Antônio Peres Alves. O ex-chefe do executivo municipal e o irmão estavam entre os alvos da da Operação Desmico, contra suspeita de fraude tributária milionária na prefeitura de Saquarema e na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). 
Antônio César Alves, foi detido na residência em que mora na cidade na Região dos Lagos. No imóvel, segundo os agentes, foram apreendidos uma espingarda, US$ 1 mil, R$ 12 mil e 400 euros. Ele será indiciado por posse ilegal de arma de fogo.
Publicidade
De acordo com as investigações e a denúncia do MP,  o irmão do ex-prefeito é sócio de uma empresa de contabilidade que prestava serviços a uma das empresas envolvidas na fraude. Ele, segundo o inquérito, oferece serviços de contabilidades para outras empresas investigadas. 
Publicidade
OPERAÇÃO
Publicidade
As investigações identificaram que mais de mil empresas fantasma eram beneficiadas. A movimentação financeira está entre R$ 50 milhões. A Justiça determinou o bloqueio das contas dos investigados. 
Os agentes cumprem 20 mandados de busca e apreensão em endereços no Rio e Saquarema, entre eles a sede da CBV e a Cidade do Vôlei, onde treinam os principais atletas brasileiros da modalidade.
Publicidade
Por meio de nota, a CBV disse que "recebeu nesta quinta-feira (20) pela manhã a Polícia Civil em suas sedes na Barra da Tijuca e em Saquarema, por conta de uma investigação iniciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em 2013 sobre ex-dirigentes da entidade. Funcionários da confederação prestaram todo o auxílio às autoridades policiais que buscavam documentos relativos a um suposto esquema de fraude tributária que teria contado com o auxílio do ex-presidente da CBV, Ary Graça Filho. De acordo com as investigações, a CBV teria sido vítima dos seus então dirigentes, que teriam criado contratos fictícios para desviar dinheiro da instituição. A atual gestão da confederação cooperará integralmente com a investigação e, se forem comprovados prejuízos financeiros à CBV, tomará todas as medidas necessárias para que estes valores sejam integralmente ressarcidos à comunidade do voleibol".
O DIA tenta contato com a defesa dos denunciados.