Ação cumpre mandados de prisão em diversos pontos do RioReginaldo Pimenta/Agência O Dia
Por Bruna Fantti e Thuany Dossares
Publicado 18/05/2021 06:00
Rio - Após um ano de investigação, o delegado Adriano França, titular da Dcav (Delegacia da Criança e Adolescente Vítima), deflagrou, na manhã desta terça-feira, dia 18, uma operação que visa cumprir quase 70 mandados de busca e apreensão, em diferentes estados, contra uma rede de pedófilos. Cinco pessoas foram presas na ação, chamada de Lótus. A operação ocorre no Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
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No Estado do Rio, a própria Dcav cumpriu nove mandados, com apoio de outras delegacias especializadas, em Macaé, Campos, Niterói e Duque de Caxias. Na capital, foram feitas buscas por alvos com endereços em Jacarepaguá e Guaratiba. 
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A investigação apontou outros 16 estados em que pedófilos se comunicavam através de grupos pela internet. Esses mandados serão cumpridos pelas respectivas polícias de cada localidade, sendo: Bahia (5); Ceará (3); Espírito Santo (3); Goiânia (5); Maranhão (1); Minas Gerais (6); Mato Grosso (2); Pará (4); Pernambuco (2); Piauí (1); Paraná (1); Rio Grande do Norte (1); Rio Grande do Sul (6); Santa Catarina (1); Sergipe (1) e São Paulo (15). Um outro homem, apontado por pedofilia, tem residência no Distrito Federal.
A Polícia conseguiu detectar que esses pedófilos frequentemente mudavam de grupos em redes sociais para manter o contato e trocas de vídeos e fotos dos menores. Alguns, somente trocavam imagens; outros as produziam. Segundo a polícia, as vítimas têm diferentes idades, inclusive bebês. "Isso foi o que mais me chocou na investigação: as imagens de bebês, de crianças de meses. Qualquer crime contra criança choca, mas essas imagens foram muito impactantes", disse França à reportagem.
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Apesar de sempre mudarem de grupos, os pedófilos tinham códigos específicos para a troca de mensagens e imagens. Entre o material produzido, algumas crianças, além de abusadas, eram torturadas.
A localização dos alvos ocorreu após trabalho de peritos da Polícia Civil, com autorização judicial para a quebra dos sigilos telefônicos.
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Até o ano de 2019, no Disque 100,  86, 8 mil denúncias foram registradas, sendo 17 mil de abusos sexuais, ou seja, 11% dos crimes. Segundo a polícia, há indicadores de que na pandemia houve aumento de casos.
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