Secretário estadual de saúde do Rio, Alexandre Chieppe, disse que as filas para a segunda dose devem acabar com a entrega do novo lote de vacinas na manhã desta quarta-feira (19)Reprodução / TV Globo
Por Jorge Costa*
Publicado 19/05/2021 10:51
Rio - O estado do Rio de Janeiro distribuiu 336,8 mil vacinas contra a covid-19 na manhã desta quarta-feira (19). Desta quantidade, 162,4 mil doses da Oxford / AstraZeneca foram enviadas a todos os 92 municípios fluminenses, outras 56 prefeituras recebem 174.4 mil imunizantes da CoronaVac para a oferta da segunda dose. De acordo com o secretário estadual de saúde, Alexandre Chieppe, a fila de espera para quem precisa ser imunizado com a segunda aplicação deve acabar após a entrega da nova remessa.

Diversas cidades vêm enfrentando dificuldades para manter a campanha, com interrupções por conta da escassez da CoronaVac. Esta remessa distribuída pelo governo do estado será reservada para a aplicação da segunda dose tanto do imunizante produzido pelo Instituto Butantan, como também das aplicações com a Oxford/AstraZeneca, segundo o secretário.

“Não esperamos ter ninguém que tenha tomado a primeira dose e que fique sem receber a segunda aplicação da vacina. Esse novo lote que chegou da AstraZeneca e da CoronaVac é exclusivamente para a segunda imunização. Ele deve durar até o momento que conseguirmos resgatar todas as pessoas que estão com a segunda dose pendente”, afirmou o secretário estadual de saúde, Alexandre Chieppe, durante entrevista ao programa Bom dia Rio, da TV Globo.

Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo e Maricá retiraram as doses, na tarde da terça-feira (18), na Central Geral de Armazenagem (CGA) do governo do estado, em Niterói. Duque de Caxias e Nova Iguaçu recebem suas remessas hoje (19) por via terrestre. Para os demais 86 municípios, a entrega dos lotes está sendo realizada nesta manhã por meio de helicópteros.

Vacina da Pfizer sem confirmação de entrega até o momento

Estava previsto a chegada de 57 mil doses da Pfizer para a noite de terça-feira (18), mas não há confirmação até o momento se o imunizante chegou ou não no estado. O secretário da saúde Alexandre Chieppe informou que a campanha com a distribuição desta vacina deve ser feita na próxima semana. Grávidas e puérperas com comorbidades podem receber a aplicação desta vacina.

“As vacinas Pfizer serão distribuídas aos municípios com maior contingente populacional. Por conta das particularidades desse imunizante, existem algumas exigências como cadastramento prévio para receber a dose. Esse processo já começou”, disse.
Falta alinhamento para um calendário unificado de vacinação no estado
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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) estuda a possibilidade de criação de um calendário unificado de vacinação a partir de julho. O projeto, no entanto, depende de um acordo com o conselho de secretários municipais de saúde e a avaliação de Chieppe é que falta um alinhamento maior para promover uma campanha unificada de vacinação.
"A posição do estado do Rio de Janeiro é que a campanha deve seguir o Programa Nacional de Imunização (PNI), e se for proposto qualquer modificação, que seja acatada pelo PNI. A ideia é que no Rio a gente consiga avançar no calendário único. Há conversas que ainda precisam acontecer, mas a nossa expectativa é que consigamos garantir para a população uma uniformidade de informações", concluiu o secretário.
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Especialista considera proposta de unificação válida após vacinação dos grupos de risco
Para a pesquisadora em saúde e membro do comitê de combate ao coronavírus da UFRJ, Chrystina Barros, a proposta de unificação dos calendários é válida desde que a ação seja feita após a imunização completa dos grupos mais vulneráveis à doença, pois os municípios possuem informações melhores sobre os grupos de risco expostos à covid-19.
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"Depois que os grupos dos vulneráveis for vacinado, eu vejo como positivo que o calendário seja unificado, uma vez que facilita a comunicação, ajuda no controle social e principalmente no combate à doença aonde municípios que compõem uma mesma região geográfica que tem uma troca econômica muito importante e precisam garantir a cobertura vacinal dentro da mesma estratégia", afirmou. 
Chrystina Barros citou como exemplo a mobilidade na Região Metropolitana no Rio. Parte da população se divide entre os municípios e a unificação do calendário iria garantir maior organização e oferta de vacinas para pessoas que realizam movimentos pendulares entre as cidades devido ao trabalho.
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Estagiário sob supervisão de Gustavo Ribeiro
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