Equipes da Polícia Civil participam de operação para prender traficantes envolvidos no desaparecimento de três meninosEstefan Radovicz / Agência O DIA
Por Anderson Justino
Publicado 21/05/2021 07:41 | Atualizado 21/05/2021 10:04
Rio - Uma operação da Polícia Civil no conjunto de favelas do Complexo do Castelar, em Belford Roxo, Baixada Fluminense, terminou com a prisão de 16 suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas. De acordo com as investigações, traficantes criaram uma espécie de "tribunal do tráfico" para matar seus desafetos. O grupo também é investigado pelo desaparecimento de três meninos, há cinco meses, no Complexo do Castelar. Os amigos Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique sumiram em dezembro do ano passado quando saíram de casa para brincar em um campo de futebol
Uma Força-Tarefa foi criada pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e pela Polinter, para agilizar as investigações sobre o sumiço dos garotos.
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Cerca de 150 agentes participaram da operação e ocuparam pelo menos três comunidades na região. Além das prisões, a polícia apreendeu armas, drogas e material para confecção das drogas. Veículos roubados que eram usados pelos bandidos foram recuperados. 
As investigações da Polícia Civil identificaram que integrantes de uma facção criminosa que comanda o tráfico na região são responsáveis por uma série de homicídios, roubos de veículos e de cargas, em Belford Roxo e outras cidades da Baixada. 
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Os traficantes também são investigados por envolvimento no desaparecimento dos três garotos da comunidade e por provocar a tortura e expulsão de um morador, de sua companheira e dos quatro filhos menores de idade, acusando falsamente a família pelo sumiço das crianças para, com isso, prejudicar o trabalho dos policiais.
CINCO MESES DE ANGÚSTIA 
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As famílias de Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique reclamam da demora nas investigações. Após quatro meses do desaparecimento, a polícia montou uma Força-Tarefa para agilizar às investigações. A principal linha era a de que traficantes estavam envolvimentos no desaparecimento das crianças. 
A DHBF analisou mais de 40 câmeras de segurança mas não conseguiu imagens das crianças. Em março, o Ministério Público do Rio conseguiu uma imagem que flagrou os amigos em uma rua no bairro vizinho. 
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A Polícia Civil realizou mais de 80 diligências para tentar localizar os garotos. 
Um morador da comunidade foi torturado por traficantes e obrigado a assumir o desaparecimento. Ele foi levado para a sede da DHBF e inocentado do crime. Após o episódio, o homem foi expulso da comunidade. A esposa e os filhos também tiveram que sair do local apenas com a roupa do corpo. 
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