Publicado 21/05/2021 15:14 | Atualizado 21/05/2021 15:30
Rio - Um relatório do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) aponta irregularidades em contratos do governo do Rio de Janeiro na gestão de Wilson Witzel, que totalizam quase R$ 1,5 bilhão. De acordo com o órgão, foram feitas 142 auditorias em contratos emergenciais assinados pelo governo do Rio desde o início da pandemia.
Após a análise, os auditores constataram que o estado não justificou a necessidade das contratações pelo menos em 78 contratos. Os principais problemas apontados pelo TCE foram: falta de justificativa técnica; contratação de empresas inaptas e indícios de direcionamento ilícito dos contratos para favorecer determinadas empresas.
Sobre os hospitais de campanha, o estado do Rio não apresentou justificativas técnicas em contratos que somam R$ 1,48 bilhão. O contrato, de R$ 770 milhões, foi assinado entre a Secretaria de Saúde e a Organização Social Iabas. Desse montante, o governo chegou a pagar R$ 256 milhões.
O plano era abrir 1.300 leitos em 7 hospitais de campanha, mas nenhum estudo técnico foi feito pela secretaria para justificar a construção de tantas unidades.
O plano era abrir 1.300 leitos em 7 hospitais de campanha, mas nenhum estudo técnico foi feito pela secretaria para justificar a construção de tantas unidades.
Além disso, foi descoberto que em apenas um contrato, de quase R$ 6 milhões, a Secretaria Estadual de Saúde encomendou 370 mil litros de soro fisiológico. Essa quantidade, segundo o TCE, é 23 vezes o total comprado para abastecer hospitais do estado num período de três anos.
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