Governador Cláudio Castro. Reprodução/Twitter
Governador Cláudio Castro. Reprodução/TwitterReprodução/Twitter
Por O Dia
Rio - Cláudio Bomfim de Castro e Silva, de 42 anos, tomou posse como o novo governador do estado do Rio de Janeiro neste sábado (1), um dia após a condenação do ex-juiz Wilson Witzel em um processo de impeachment. A cerimônia desta manhã deu fim aos oito meses de ocupação interina e Castro assume definitivamente o cargo.
Assim como Witzel, Castro é filiado ao Partido Social Cristão (PSC). O novo governador do Rio é advogado, católico e autor de dois álbuns de música religiosa. Em 2019, quando tinha 40 anos, ele foi o vice-governador fluminense mais jovem a assumir o cargo desde a redemocratização.
Publicidade
Perfil de novo governador é considerado moderado
O novo governador é considerado um articulador cordial, de perfil equilibrado. Diferente do ex-governador Wilson Witzel, ele não possui atritos com o presidente Jair Bolsonaro e com o senador Flávio Bolsonaro, tendo maior alinhamento com o governo federal.
Publicidade
Sua primeira atuação na política foi em 2004, quando se tornou chefe de gabinete de Márcio Pacheco (PSC), então vereador no Rio de Janeiro. Castro o acompanhou quando Pacheco se tornou deputado estadual, a partir de 2011, com dois afastamentos do gabinete da Alerj para tentar ele mesmo se eleger.
Em 2012, Castro não conquistou o mandato de vereador pela cidade, só obtendo a oportunidade no pleito seguinte. Já nas eleições de 2016, ele foi eleito com 10.262 votos, valor insuficiente para tomar posse do mandato, mas ele conseguiu o pleito por conta de votos que foram puxados pelo então candidato Carlos Bolsonaro, que na época era filiado ao PSC.
Publicidade
Em 2017 Castro foi vereador e em 2019 se tornou vice-governador, quando recebeu no mesmo ano a medalha Pedro Ernesto, mais importante honraria do legislativo carioca. Na Câmara Municipal do Rio, ele tem 11 propostas de sua autoria na área do esporte e da saúde.
Histórico religioso
Publicidade
Cláudio Castro nasceu em São Paulo, na cidade de Santos, mas foi morar no Rio ainda criança. Ele se formou em Direito e se tornou cantor católico, sendo vocalista da banda Em Nome do Pai.
Em 2011 Castro lançou o seu primeiro álbum solo do mesmo nome “Em Nome do Pai”, como uma homenagem à antiga banda, que começou na paróquia São Francisco de Paula, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Seu último lançamento foi feito em 2015, com o disco “Dia da Celebração”. No Spotify, o novo governador tem 79 ouvintes por mês.
Publicidade
Investigação e transição para o novo governo
No final de agosto de 2020, o Superior Tribunal de Justiça decidiu afastar Wilson Witzel do governo do Rio em função da suspeita de desvios em contratos públicos dos hospitais de campanha para o atendimento de pacientes com a covid-19 no estado. Na época, as investigações também prenderam o Pastor Everaldo, líder do partido de Castro e Witzel.
Publicidade
Assumindo como governador interino, Castro também foi citado nas investigações da mesma operação autorizada pelo STJ, em que Witzel foi afastado. Ele nega qualquer envolvimento com os crimes cometidos.
Por conta da coligação da candidatura de Witzel ter sido planejada sem a expectativa de ser a favorita, o ex-juiz decidiu escolher como vice o parlamentar que era do mesmo partido, que na época estava em seu primeiro mandato pelo município do Rio como vereador.
Publicidade
Agora, Castro assume o novo posto e passa a não ter mais um vice-governador até o fim do atual mandato. Com isso, caso ele precise ser afastado por qualquer motivo, o cargo será assumido então pelo presidente da Alerj, André Ceciliano (PT).