Publicado 02/06/2021 17:19
Rio - O número de registros de furtos de grampos de fixação dos trilhos da SuperVia, nos cinco primeiros meses desse ano, já é mais que o dobro dos casos de todo o ano passado. De 1⁰ de janeiro até agora, foram registrados 15 furtos no sistema ferroviário, totalizando cerca de 3.290 grampos retirados dos trilhos. Em todo o ano de 2020, houve seis ocorrências desse tipo, quando criminosos furtaram 1.602 grampos.
A maior incidência desde o início do ano foi no ramal Japeri (7 casos), seguido Belford Roxo (5 casos), Deodoro (2 casos) e Saracuruna (1 caso). O episódio mais recente ocorreu nesta quarta-feira (2), nos trechos entre Gramacho e Saracuruna e nas extensões Vila Inhomirim e Guapimirim.
"São componentes fabricados de aço para aguentar os esforços da circulação dos trens e suportar as variações dos trilhos, por isso o seu valor comercial. Quando observamos a supressão desses conjuntos de grampos, tomamos medidas para garantir a segurança dos passageiros e dos nossos colaboradores, como a redução da velocidade e até a interrupção temporária da operação", explica Roberto Fisher, gerente de Via Permanente e Engenharia da SuperVia.
A peça é fundamental para a operação, pois serve para fixar os trilhos aos dormentes. A sua retirada pode deixar a linha férrea vulnerável e colocar a circulação dos trens em risco. Por medida de segurança e como consequência do furto, os trens passam a circular com velocidade reduzida na região até que novos grampos sejam instalados. Em casos mais graves, quando são furtadas peças em sequência, dormente por dormente, a circulação precisa ser interrompida para evitar descarrilamentos.
Técnicos e agentes da SuperVia identificam a ausência das peças em vistorias diária realizadas em todo o sistema, e a reposição dos grampos de fixação é realizada imediatamente. Lamentavelmente, o roubo de grampos na via férrea é um problema na segurança pública que atinge o sistema ferroviário do Rio de Janeiro, os clientes e colaboradores da SuperVia.
Os agentes de controle da SuperVia não têm poder de polícia. Eles realizam rondas em ações preventivas e acionam os órgãos competentes sempre que necessário. De acordo com o contrato de concessão, a segurança pública é uma atribuição do Governo do Estado, que atua na SuperVia por meio do Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer). Os casos de furtos no sistema são registrados em delegacia.
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