Clara Edel, acompanhada de seu esposo, Tiago Martins, compareceu no Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão para receber a sua primeira dose da vacina Pfizer contra a covid-19 na manhã desta terça (15)Estefan Radovicz / Agência O DIA
Por O Dia
Publicado 15/06/2021 13:01
Rio - Começou nesta terça-feira (15) a vacinação de grávidas e puérperas com comorbidades no município do Rio de Janeiro. Está previsto no calendário a distribuição dos imunizantes Pfizer ou CoronaVac para atender o grupo prioritário até quinta (17) após a cidade receber novos lotes do imunizante. Para receber a primeira dose é necessário apresentar um laudo médico e assinar um termo de esclarecimento disponível na página da prefeitura: coronavírus.rio/vacina.
De acordo com os dados do Painel Rio Covid-19, receberam a primeira dose 5.207 gestantes e 802 puérperas até esta terça (15). Todas as grávidas e puérperas com comorbidades a partir de 18 anos ou mais podem se imunizar até esta quinta (17).
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Uma das pessoas contempladas foi a gestante Clara Edel. Ela compareceu na manhã desta terça no Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão, na Tijuca, Zona Norte do Rio, após receber uma ligação da unidade informando sobre a disponibilidade de vacinas. Com 22 semanas de gestação, Clara recebeu sua primeira dose e disse que se sente mais protegida após receber o imunizante.
“A vacinação foi super organizada hoje, eu cheguei às 9h10 e consegui rápido a minha dose. Eu tentei receber o imunizante da Pfizer na semana passada e não consegui, mas a organizadora da campanha me ligou avisando que teria chegado uma nova remessa. Agora eu estou aliviada, até porque me protegendo também consigo proteger a minha filha, mas vou continuar mantendo os cuidados”, disse.
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Outra mãe que compareceu para se proteger foi a securitária Tatiane Fernandes. Ela está com 20 semanas de gestação e afirmou ter tentado se vacinar em diversos postos no Rio, sem sucesso. Ela também foi acionada pelo Centro Municipal de Saúde Heitor Beltrão e compareceu à unidade para receber a sua primeira dose.
“A vacinação foi bem rápida pois tinham poucas gestantes. O posto estava até um pouco vazio e o atendimento foi excepcional. Receber a primeira dose é uma emoção muito grande, uma sensação de agradecimento, pois são duas vidas em jogo. O governo deveria olhar de uma forma melhor as gestantes e vacinar tanto as com comorbidades quanto as sem comorbidades. Vou continuar mantendo os cuidados pois o fato de ter tomado a vacina não nos permite voltar à vida normal. Precisamos continuar a nossa proteção”, disse.
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O que deve ser feito para receber o imunizante?
Para gestantes e puérperas receberem a primeira dose da vacina contra a covid-19 é necessário apresentar documento de identidade e, se possível, a carteira de vacinação. O grupo precisa levar outros dois documentos adicionais que são: primeiro, o laudo médico comprovando a comorbidade e apresentando uma avaliação de riscos e benefícios; o segundo é um termo de esclarecimento para vacinação obtido através da página coronavírus.rio/vacina.
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Grávidas e puérperas com comorbidades só podem receber doses da vacina Pfizer ou CoronaVac de acordo com a disponibilidade.
A prefeitura do Rio também disponibiliza uma lista com todas comorbidades através do site coronavírus.rio.
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Estado do Rio pode incluir lactantes nos grupos prioritários 
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro(Alerj) vai discutir na próxima semana a respeito do Projeto de Lei n° 4217/2121, do deputado estadual Marcus Vinícius (PTB), que pretende ampliar a vacinação para lactantes com bebês de até dois anos.
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Segundo o parlamentar, imunizar o grupo é uma questão de saúde diante dos riscos ainda elevados da covid-19: ”Por conta da pandemia da Covid-19, muitas das lactantes reduziram a freqüência de consultas médicas e até pediátricas por receio da exposição. É questão de saúde imunizar essas mulheres o quanto antes. A vacina será um bem para as mães e, consequentemente, para as crianças”, afirmou Marcus.
Um estudo feito na semana passada por pesquisadoras do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP com 20 funcionárias do complexo hospitalar mostrou que houve indução de anticorpos contra a covid-19 no leite materno, mesmo quatro meses após a imunização com a vacina CoronaVac. A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) afirmou que não há qualquer contraindicação na vacinação de lactantes.
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