Publicado 28/06/2021 16:23
Rio - O Prêmio Cidadania, Direito e Respeito às Diversidades foi entregue, nesta segunda-feira (28), data em que se comemora o Dia Mundial do Orgulho LGBTQIA+, para seis ativistas do movimento no estado do Rio de Janeiro. A solenidade traz representatividade e visibilidade para pessoas LGBTQIA+, além de promover o respeito, a inclusão e a tolerância às diferenças. A edição foi realizada de forma virtual e conduzida pela deputada Enfermeira Rejane (PCdoB).
"Esse segmento tem sobrevivido em um país intolerante, preconceituoso e homofóbico. É de suma importância realizarmos um evento que prestigie quem tem lutado com tanta determinação, garra e força para combater o preconceito e defender a diversidade. É preciso lutar pela visibilidade por oportunidades no mercado de trabalho", comentou Rejane, autora do Projeto de Resolução 517/17 que criou o prêmio, que é concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) desde 2017.
No encontro, o diretor da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro (UNA LGBT-Rio), Andrey Lemos, destacou que os crimes contra a comunidade LGBTQI+ têm crescido no Brasil. Só no ano passado, segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 175 pessoas transexuais foram assassinadas no país. O número representa um aumento de 29% dos casos se comparado com o ano de 2019.
"Não cabe mais vivermos isso no Século 21. Lutamos pela liberdade de amar, construindo caminhos de afeto e solidariedade. Um prêmio como esse representa a valorização de quem atua no combate a esses crimes", frisou.
No encontro, o diretor da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais do Rio de Janeiro (UNA LGBT-Rio), Andrey Lemos, destacou que os crimes contra a comunidade LGBTQI+ têm crescido no Brasil. Só no ano passado, segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 175 pessoas transexuais foram assassinadas no país. O número representa um aumento de 29% dos casos se comparado com o ano de 2019.
"Não cabe mais vivermos isso no Século 21. Lutamos pela liberdade de amar, construindo caminhos de afeto e solidariedade. Um prêmio como esse representa a valorização de quem atua no combate a esses crimes", frisou.
Ações implementadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SMASDH) da cidade do Rio também foram pontuadas no encontro. "Ao longo da história sempre acolhemos essa comunidade. No ano passado, construímos o quinto centro provisório de acolhimento da cidade, mas entendemos que existe a necessidade de mais políticas públicas para avançarmos na luta. Levamos muito tempo para criar poucas estratégias consistentes, mas para destruí-las é muito rápido. Fazemos um trabalho de formiguinha", disse a representante da secretaria, Patrícia Esteves.
Ativistas premiados
Um dos ativistas premiados foi o presidente da ONG Aganim Direitos Humanos, em Nova Iguaçu, Neno Ferreira. "Enquanto estiver com vida lutarei pelos meus pares", disse o homenageado, que é um dos ativistas mais antigos da Baixada Fluminense. Neno já foi premiado com a Medalha da Confraria Brasileira de Cultura, entidade acadêmica signatária do pacto global da ONU, pelos serviços de cultura e ao destaque às causas sociais.
Sharlene Rosa é mulher trans, precursora do ativismo há 30 anos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense do Rio e fundadora do Grupo Pluralidade e Diversidade (GPD), ONG responsável por ações em prol da comunidade LGBT+. Ela ajudou na construção do programa Rio Sem Homofobia, atual 'Rio Sem LGBTIfobia'. Sharlene também é coordenadora do Centro de Cidadania Baixada, desde 2011, onde atende com orientação jurídica, psicológica e serviço social à população LGBTI+ de vários municípios da Baixada e de Petrópolis, na Região Serrana do estado. Reconhecida por sua atuação, Sharlene Rosa tem seu reconhecimento em todo o território fluminense. Foi locutora da FM O DIA e a criadora da terceira maior parada LGBTI+ do Brasil.
A terapeuta ocupacional, lésbica, feminista, Gisela Carvalho criou o 'Resiliência', espaço cultural e atelier destinado a mulheres localizado na Vila da Penha, Zona Norte do Rio. O espaço leva esse nome devido a sua trajetória como mulher negra, lésbica e vítima do assédio que a levou ao desemprego. Por sofrer de artrose em ambos os joelhos, não conseguiu mais retornar ao mercado de trabalho, então fundou seu próprio espaço. Ao longo do tempo, Gisela fez do 'Resiliência' um local de acolhimento, afeto e segurança para o universo lésbico, além de oferecer palestras, cultura e arte. Apesar das complicações de saúde, nunca deixou de lutar pelas causas lésbicas feministas.
Diana Rodrigues é mulher trans periférica, professora de inglês e literatura. Ela recebeu o Prêmio Cidadania, Direito e Respeito às Diversidades. Diana abriu discussões sobre a transexualidade na área de literatura nos locais onde atua. Diana costuma manter seus debates no âmbito acadêmico, que inclui as narrativas trans e o pajubá, um dialeto da linguagem popular, oriundo de línguas africanas ocidentais, usado na comunidade LGBT e é sinônimo de resistência.
Pedro Fernandes é deficiente físico, formado em marketing, ator e estudante de Serviço Social. Morador de Petrópolis, Pedro Fernandes tem um duplo desafio: ser uma pessoa com deficiência e gay. Ele nasceu prematuro aos cinco meses e a falta de oxigenação no cérebro durante o parto causou a paralisia. Pedro é palestrante sobre diversidade e sexualidade de pessoas com deficiência. Formado em artes dramáticas, Fernandes também dirige e produz peças teatrais.
Adriane das Neves é lésbica, preta, de matriz africana, doutora em Saúde Coletiva, enfermeira e professora especializada em gênero, sexualidade e direitos humanos. Adriane também é coordenadora da Unegro Diversidade, em Duque de Caxias; da Aliança Nacional LGBTI+, também no município de Caxias. Adriane das Neves é referência em saúde sexual e reprodutiva de mulheres lésbicas.
Neno Ferreira é presidente da ONG Aganim Direitos Humanos, em Nova Iguaçu, fundada em 1988. Neno é um dos ativistas mais antigos da Baixada Fluminense, premiado com a Medalha da Confraria Brasileira de Cultura, entidade acadêmica signatária do pacto global da ONU, pelos serviços de cultura e ao destaque às causas sociais. Além disso, é idealizador das paradas LGBT de Nova Iguaçu e Mesquita, sendo a de Mesquita considerada como a parada que mais conta com a participação de famílias não-LGBTs.
Um dos ativistas premiados foi o presidente da ONG Aganim Direitos Humanos, em Nova Iguaçu, Neno Ferreira. "Enquanto estiver com vida lutarei pelos meus pares", disse o homenageado, que é um dos ativistas mais antigos da Baixada Fluminense. Neno já foi premiado com a Medalha da Confraria Brasileira de Cultura, entidade acadêmica signatária do pacto global da ONU, pelos serviços de cultura e ao destaque às causas sociais.
Sharlene Rosa é mulher trans, precursora do ativismo há 30 anos em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense do Rio e fundadora do Grupo Pluralidade e Diversidade (GPD), ONG responsável por ações em prol da comunidade LGBT+. Ela ajudou na construção do programa Rio Sem Homofobia, atual 'Rio Sem LGBTIfobia'. Sharlene também é coordenadora do Centro de Cidadania Baixada, desde 2011, onde atende com orientação jurídica, psicológica e serviço social à população LGBTI+ de vários municípios da Baixada e de Petrópolis, na Região Serrana do estado. Reconhecida por sua atuação, Sharlene Rosa tem seu reconhecimento em todo o território fluminense. Foi locutora da FM O DIA e a criadora da terceira maior parada LGBTI+ do Brasil.
A terapeuta ocupacional, lésbica, feminista, Gisela Carvalho criou o 'Resiliência', espaço cultural e atelier destinado a mulheres localizado na Vila da Penha, Zona Norte do Rio. O espaço leva esse nome devido a sua trajetória como mulher negra, lésbica e vítima do assédio que a levou ao desemprego. Por sofrer de artrose em ambos os joelhos, não conseguiu mais retornar ao mercado de trabalho, então fundou seu próprio espaço. Ao longo do tempo, Gisela fez do 'Resiliência' um local de acolhimento, afeto e segurança para o universo lésbico, além de oferecer palestras, cultura e arte. Apesar das complicações de saúde, nunca deixou de lutar pelas causas lésbicas feministas.
Diana Rodrigues é mulher trans periférica, professora de inglês e literatura. Ela recebeu o Prêmio Cidadania, Direito e Respeito às Diversidades. Diana abriu discussões sobre a transexualidade na área de literatura nos locais onde atua. Diana costuma manter seus debates no âmbito acadêmico, que inclui as narrativas trans e o pajubá, um dialeto da linguagem popular, oriundo de línguas africanas ocidentais, usado na comunidade LGBT e é sinônimo de resistência.
Pedro Fernandes é deficiente físico, formado em marketing, ator e estudante de Serviço Social. Morador de Petrópolis, Pedro Fernandes tem um duplo desafio: ser uma pessoa com deficiência e gay. Ele nasceu prematuro aos cinco meses e a falta de oxigenação no cérebro durante o parto causou a paralisia. Pedro é palestrante sobre diversidade e sexualidade de pessoas com deficiência. Formado em artes dramáticas, Fernandes também dirige e produz peças teatrais.
Adriane das Neves é lésbica, preta, de matriz africana, doutora em Saúde Coletiva, enfermeira e professora especializada em gênero, sexualidade e direitos humanos. Adriane também é coordenadora da Unegro Diversidade, em Duque de Caxias; da Aliança Nacional LGBTI+, também no município de Caxias. Adriane das Neves é referência em saúde sexual e reprodutiva de mulheres lésbicas.
Neno Ferreira é presidente da ONG Aganim Direitos Humanos, em Nova Iguaçu, fundada em 1988. Neno é um dos ativistas mais antigos da Baixada Fluminense, premiado com a Medalha da Confraria Brasileira de Cultura, entidade acadêmica signatária do pacto global da ONU, pelos serviços de cultura e ao destaque às causas sociais. Além disso, é idealizador das paradas LGBT de Nova Iguaçu e Mesquita, sendo a de Mesquita considerada como a parada que mais conta com a participação de famílias não-LGBTs.
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