Policiais e bombeiros militares fazem ato contra desconto previdenciário na Alerj
Antes da mudança, apenas aqueles que ganhavam acima do teto eram descontados
PMs, bombeiros militares da ativo e da reserva fazem ato contra desconto previdenciário - Daniel Castelo Branco/Agência O Dia
PMs, bombeiros militares da ativo e da reserva fazem ato contra desconto previdenciárioDaniel Castelo Branco/Agência O Dia
Por O Dia
Rio - PMs e bombeiros militares ativos, inativos e pensionistas, realizam um ato em frente à Alerj, nesta terça-feira, contra o desconto previdenciário previsto na Lei Federal 13.954/20. A manifestação foi convocada pela comissão de veteranos e pensionistas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. O Sub Tenente do Corpo de Bombeiros, Adriano Costa Verde falou que o objetivo é fazer com que o governador Cláudio Castro entenda as necessidades da categoria.
"Estamos aqui para mostrar a eles que sabemos caminhar e vamos caminhar até chegar à direção dele porque ele tem que reconhecer que está errado. Essa conta não é nossa, não é da nossa família", disse durante a manifestação.
PMs e bombeiros militares ativos, inativos e pensionistas fazem ato na Alerj contra o desconto previdenciário adotado em 2020.#ODiapic.twitter.com/jfx5QU6ABK
André Rios, da comissão de veteranos e pensionistas da PM e Bombeiros, também discursou no ato e pediu atenção dos outros colegas da categoria para os pedidos ao governador Cláudio Castro.
"Já falei para os colegas que estou disposto a acampar na porta da Alerj, na porta do Palácio, seja aonde for. Eu não tenho medo mais. Vamos sair da inércia, são nossas famílias, é nosso futuro. Não adianta pensar só no hoje. A situação será insuportável com a reforma da previdência aqui no estado do Rio", disse.
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Uma das medidas adotadas de forma automática pelos governos estaduais foi a forma de aplicação da alíquota de contribuição previdenciária: o desconto (hoje, de 10,5%) passou a incidir sobre a totalidade dos proventos dos PMs e bombeiros inativos e de seus pensionistas, até mesmo daqueles que ganham abaixo do teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), de R$ 6.433,57. Antes, quem ganhava menos que o teto era isento. Com a mudança, esse grupo passou a cobrar frequentemente dos deputados da Alerj uma interlocução com o governo e a aprovação de medidas que retomassem a regra anterior.
O objetivo dos militares é que o governador isente os reformados por invalidez ou doenças graves e em outros casos, desconte somente sobre o que exceder ao teto simples.
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