CarioCAD completa o cadastro de famílias vulneráveis no Rio Divulgação
Nessas comunidades são muitas as jovens que criam filhos sozinhas, sem poder contar nem mesmo com a ajuda dos pais. É o caso de Jeniffer Araújo e Luana Martins, ambas com 18 anos, que foram buscar o CadÚnico na ação realizada na Ladeira de Santa Maria. Mãe do pequeno Theo, de seis meses, Jeniffer conta com a ajuda de amigos e vizinhos e sonha em ser médica. "Quero estudar, estou terminando o ensino médio, mas com filho pequeno é mais difícil", disse. Luana deixou a carreira de modelo para cuidar de Lara Sofia, de um ano. "O pai mora perto mas não é presente. Agora eu quero fazer faculdade de arquitetura ou engenharia", contou Luana.
Na Comunidade Agrícola Marlingue Serafim, 48 anos, foi buscar informações para se inscrever no CadÚnico. Desempregada, ela cuida sozinha da neta Mariana, 6 anos, filha de seu único filho. "Já tinha ouvido falar mas não tinha muita informação. Agora sei que posso ter benefícios", explicou a bombeira civil que também trabalha como arrumadeira mas no momento está sem nenhuma renda.
A meta da Secretaria é acrescentar 48 mil novas famílias na base de dados do CadÚnico no Rio. Essa é a quantidade que falta para que todas as 458.525 famílias consideradas vulneráveis no Rio, segundo dados do governo federal, sejam inseridas nesse cadastro. A ideia é alcançar quem não consegue chegar aos Cras, levando esse serviço à população e assim facilitar o atendimento às famílias do Sistema Único de Assistência Social (Suas) com perfil elegível para acesso a programas de transferência de renda direta.
É por meio do CadÚnico que a população acessa programas sociais Bolsa Família, Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa, Minha Vida), Carteira do Idoso, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) e Tarifa Social de Energia Elétrica, entre outros. Ele foi criado pelo governo federal para levantar como vivem os brasileiros mais pobres e funciona como uma base de dados. Por isso é fundamental que as informações sejam atualizadas regularmente, mesmo que não haja mudanças. O cadastro identifica famílias com renda igual ou inferior a meio salário mínimo por pessoa ou renda familiar mensal de até três salários mínimos.
Para se inscrever, o responsável familiar deve apresentar a seguinte documentação: CPF ou título de eleitor, documento de emissão nacional (carteira de identidade, carteira de trabalho ou certidão de nascimento) e comprovante de residência. Para outros membros da família é exigido documento de emissão nacional e, no caso de crianças e adolescentes, a apresentação também de declaração da escola.
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