Marcinho passa pelo carro no pátio da 42ª DP: ex-jogador do Botafogo alegou não ter prestado socorro por temer linchamentoEstefan Radovicz
Por O Dia
Publicado 29/06/2021 19:28 | Atualizado 29/06/2021 19:47
Rio - A Promotoria de Justiça junto à 34ª Vara Criminal da Capital reforçou, nesta segunda-feira, o pedido para que o jogador de futebol Márcio Almeida de Oliveira, o Marcinho, entregue a sua carteira de habilitação e tenha seu direito de dirigir suspenso. O ex-atleta do Botafogo, atualmente no Athletico Paranaense, é acusado de duplo homicídio culposo por atropelar e causar a morte do casal de professores, Alexandre Silva e Maria Cristina, no dia 30 de dezembro do ano passado, na Barra da Tijuca.
De acordo com o Ministério Público, a manifestação enviada a Promotoria de Investigação Penal pelo impedimento da direção pelo ex-lateral do Botafogo tem como base valores constitucionais. O requerimento contraria pedido da defesa do atleta para que o processo corresse em sigilo de Justiça. Segundo a defesa, o andamento poderia provocar prejuízo a carreira do atleta. O pedido dos advogados foi feito no início deste mês. 
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Na petição, a defesa de Marcinho disse ao juiz da 34ª Vara Criminal que, embora a publicidade do processo penal seja garantida, devido às peculiaridades do caso, fazia-se necessário 'resguardar os direitos fundamentais à intimidade, vida privada e imagem', do jogador, limitando o acesso ao processo. 
O caso
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O jogador responde por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) em inquérito no Ministério Público. O casal de educadores foi atropelado pelo atleta quando atravessavam a Av. Lucio Costa, na Barra da Tijuca, no dia 30 de dezembro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Alexandre Silva morreu na hora e Maria Cristina, que chegou a ficar internada, faleceu cinco dias depois, após uma parada respiratória. A acusação conta com o agravante de não ter prestado socorro às vítimas. Marcinho ainda abandonou o carro Mini Cooper na Rua Professor Hermes Lima, longe do ocorrido.
De acordo com as investigações, o ex-lateral-direito do Botafogo teria bebido cinco chopes no dia do atropelamento e estaria dirigindo o carro acima da velocidade permitida na via onde atingiu o casal. A perícia apontou, na época, que Marcinho estava entre 86 Km/h e 110 Km/h, totalizando uma média de 98 Km/h, sendo que a velocidade máxima da via era de 70 Km/h.

Marcinho estava sem contrato profissional com o Botafogo quando o caso aconteceu. O atleta chegou a atuar pela Seleção brasileira em 2019 e foi contratado em março pelo Athletico Paranaense. O acerto gerou críticas dos torcedores do clube rubro-negro paranaense.
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