Em depoimento, Marcinho disse que o casal atravessou fora da faixa de pedestres, garantiu que não estava embriagado e que dirigia em baixa velocidade - a cerca de 60km/h, abaixo do limite de 70km/h da pista. Apesar da versão, o veículo, uma Mini Cooper preta, ficou destruído. O jogador disse que não socorreu as vítimas porque teve medo de linchamento.
"O Márcio é uma pessoa pública, sofre muitas ameaças da torcida do Botafogo. Tem lugares que ele não vai. Ele estava com vidro no olho, apavorado, começaram a se aglomerar", disse o advogado de defesa Gabriel Habib. "Foi um acidente. A praia tava cheia, estava escuro, ele chegou a desviar, mas não conseguiu evitar", completou.
'Foi um acidente inevitável, o casal atravessou fora da faixa de pedestres', diz Gabriel Habib, advogado do jogador Marcinho, que atropelou um homem e uma mulher na última quarta-feira na Zona Oeste.
— Jornal O Dia (@jornalodia) January 4, 2021
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"Ele falou que estava dirigindo em velocidade normal. Isso vai ser comprovado através de perícia. Ele alegou que um casal chegou de forma repentina. Mas vamos atrás de testemunhas, já identificadas, para comprovar a versão ou mudar o rumo dela", disse o delegado Alan Luxardo, titular da 42° DP (Recreio). "Houve fuga, não vejo como ser diferente. Por enquanto, lidamos como homicídio culposo. A gente vai analisar os fatos e as provas testemunhais".
Marcinho chegou à delegacia pontualmente às 11h, acompanhado do pai, Sérgio Lemos, que também foi jogador profissional nas décadas de 1970 e 1980 - defendeu o America-RJ. O veículo está no nome de uma empresa da qual Sérgio é sócio. Pai e filho prestaram depoimento durante três horas e saíram sem falar com a imprensa.
A Polícia Civil, agora, busca imagens de condomínios da região que possam ter gravado o momento do atropelamento. Marcinho atualmente está sem clube. O vínculo dele com o Botafogo se encerrou no último dia 31, dia seguinte ao acidente.