Cerca de 150 famílias ocuparam o antigo prédio da FaperjReprodução/Twitter
Por O Dia
Publicado 29/06/2021 21:59 | Atualizado 29/06/2021 22:01
Rio - O prédio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), localizado na Rua da Alfândega, no Centro do Rio, foi desocupado na tarde desta terça-feira, por 150 famílias, após dias de negociações. O edifício era usado como uma opção de moradia para crianças, camelôs, diaristas, entre outros. 
O DIA tentou entrar em contato com a liderança dos ocupantes do prédio para comentar sobre a desocupação do local, mas não conseguiu contato.
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Na quinta-feira (25), a Polícia Militar foi até o local pedir para que todos deixassem o prédio em 40 minutos.
"Em meio a pandemia, quando o isolamento social é a melhor maneira de prevenir o contágio do vírus, muitas famílias não têm sequer onde morar. A política habitacional de Bolsonaro e Eduardo Paes só privilegia as grandes empresas e a especulação imobiliária. Por isso, construímos a luta pelo direito à moradia digna", informou o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
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De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Obras (Seinfra), a desocupação desta terça foi pacífica e o Governo do Estado prometeu construir 150 unidades habitacionais para as famílias no Centro do Rio.
"Os ocupantes deixaram o espaço por volta das 14h e, a partir desta etapa, terão seus casos avaliados de forma individual pelas equipes da Seinfra", informou o órgão.
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Já desocupado, o imóvel passou por uma vistoria técnica e teve seus acessos lacrados e a segurança reforçada. A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Habitação, se comprometeu a viabilizar o terreno e o Governo do Estado a construir as unidades habitacionais levando em consideração o cadastramento das famílias realizado no último fim de semana.
Uma nova reunião entre os órgãos envolvidos para debater opções de locais para a construção está marcada para a próxima segunda-feira (5).
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"O processo de negociação aconteceu respeitando alguns princípios, sendo o primeiro deles o de garantir o cumprimento dos direitos humanos: a polícia não entrou, não houve nenhum tipo de violência; a equipe de mediação formada por assistentes sociais da Subsecretaria de Habitação, que já estão habituados a lidar com este tipo de movimento; negociamos a saída dos manifestantes com responsabilidade, muito afeto e técnica. Assim que o terreno for escolhido e liberado pela Prefeitura, as unidades serão construídas com recursos do Fundo Estadual de Interesse Social (FEHIS)", afirmou o secretário de Infraestrutura e Obras, Max Lemos.
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