Cerca de 150 famílias ocuparam o antigo prédio da FaperjReprodução/Twitter
Famílias que ocuparam prédio da Faperj são cadastradas em projeto habitacional do Estado
Prefeitura do Rio também se comprometeu em viabilizar o terreno para a construção das habitações
Rio - O Governo do Rio informou que iniciou, neste fim de semana, o cadastramento de cerca de 150 famílias que ocuparam o prédio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), na Rua da Alfândega, no Centro do Rio, na última semana. Após esse registro, as famílias serão inclusas em um projeto de edificação das unidades habitacionais, que teve o apoio da Prefeitura do Rio, que se comprometeu em viabilizar o terreno.
Na sexta-feira (25) a Polícia Militar tentou que o prédio fosse totalmente desocupado, mas a Secretaria de Infraestrutura e Obras do Estado do Rio de Janeiro garantiu que os moradores não serão despejados até terça-feira (29), quando haverá uma reunião que decidirá para onde eles vão. A luta agora é para que estas famílias continuem no local até que um novo lugar seja disponibilizado.
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"A ocupação começou há menos de uma semana. Os moradores, em sua maioria, são pessoas que perderam o emprego durante a pandemia ou que foram prejudicados pelo lockdown que inviabilizou o trabalho do comércio. Esse prédio estava abandonado há décadas. Foi só esses moradores ocuparem que eles se deram conta da importância do mesmo", afirmou Katerine Oliveira, 31, integrante do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
A ocupação foi denominada "Ocupação Kathlen Romeu", em homenagem à jovem Kathlen Romeu, grávida de 24 anos baleada durante um confronto entre criminosos e policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio, no início de junho. Entre os ocupantes estão camelôs e diaristas afetados pela pandemia da covid-19, que não têm onde morar.
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