Publicado 02/07/2021 18:02
Rio - A Justiça do Rio aceitou, na quarta-feira (30), a denúncia do Ministério público do Rio (MPRJ) contra Igor Martins Pinheiro, de 22 anos, preso pelo furto de uma bicicleta elétrica no Leblon, Zona Sul do Rio. O episódio ganhou repercussão após os donos da bicicleta, Mariana Spinelli e Tomás Oliveira, acusarem o jovem negro Matheus Ribeiro de ter cometido o crime. O instrutor de surfe registrou ocorrência contra o casal por racismo, mas o caso é tratado como calúnia.
Igor foi preso preventivamente no dia 16, em seu apartamento, em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Homem branco de 22 anos, ele possuía 28 anotações criminais, sendo 14 delas por furto de bicicleta. Ele foi identificado com base nas câmeras de segurança que flagraram o crime. Na casa dele, os policiais encontraram a bermuda que ele utilizava no momento do furto e a ferramenta usada para soltar o cadeado da bicicleta.
Matheus Ribeiro, de 22 anos foi acusado de furtar a bicicleta elétrica enquanto aguardava a namorada, em frente ao Shopping Leblon. Ele foi abordado por um homem e uma mulher que diziam a bicicleta não era dele. O rapaz que o acusava pegou o cadeado da bicicleta e tentou abrir, mas não conseguiu. Em um vídeo gravado por Matheus e publicado em suas redes sociais, ele diz que não o acusou do crime "e só estava perguntando".
"Isso não foi um desespero de quem foi furtado, isso é o desespero do racista quando vê a gente perto. Ela não tem ideia de quem levou sua bicicleta, mas a primeira coisa que vem a sua cabeça é que algum neguinho levou. E para você, que é pretin igual eu, seja cuidadoso ao andar em lugares assim. Eles vão te culpar, para depois verem o que aconteceu", concluiu Matheus.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.