Publicado 06/07/2021 14:27
Rio - O Ministério da Saúde (MS) divulgou nessa segunda-feira dados que apontam para a baixa cobertura vacinal da gripe no estado do Rio. A pasta mostra que apenas 31,8% do público prioritário foi imunizado contra a doença. De um total de 5,8 milhões de doses do imunizante, enviadas ao estado, somente 2,2 milhões foram aplicadas.
Em relação a outros estados, o Rio é o sexto com o menor índice de cobertura vacinal do grupo prioritário. Confira a lista:
- Rio Grande do Norte: 2,2%
- Acre: 19,6%
- Rondônia: 25,4%
- Roraima: 25,6%
- Pará: 28,3%
- Rio de Janeiro: 31,8%
A campanha tem mais de 80 milhões de doses de vacinas influenza produzidas pelo Instituto Butantan. Cerca de 79 milhões de brasileiros fazem parte do público-alvo, que foi contemplado em três etapas.
Fazem parte dos grupos prioritários: pessoas acima dos 60 anos, professores, crianças de seis meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto), povos indígenas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades e outras condições clínicas especiais, com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, membros das forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade e população privada de liberdade.
Na Clínica da Família Estácio de Sá, o pequeno Davi, de 9 meses, recebeu nesta terça-feira a primeira dose da vacina da gripe. Com ele, estava a mãe, Camile Vitória, de 18 anos, que contou sobre a falta de informação em relação ao imunizante contra influenza.
"Cheguei lá no posto para que ele tomasse a vacina dos 9 meses e a profissional me perguntou se já havia tomado a vacina da gripe. Foi assim que eu fiquei sabendo dessa vacinação. Eu não estava sabendo de nada, só fiquei sabendo quando eu fui lá [na clínica]", explicou a mãe.
Ampliação da vacinação contra a gripe
Neste último sábado, o MS autorizou os estados e municípios a ampliarem a vacinação contra gripe para outras pessoas além das já incluídas nos grupos prioritários iniciais. A recomendação é que a imunização seja feita em pessoas a partir de 6 meses de idade. De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o objetivo da campanha é diminuir os casos graves da doença que pressionam o sistema de saúde do país.
De acordo com dados da pasta, dos 79 milhões de brasileiros que se enquadram nos grupos prioritários, cerca de 34,2 milhões já foram vacinados contra a influenza, o que representa 42% do público-alvo em geral.
Aqueles que forem se imunizar devem ficar atentos aos cronogramas divulgados por seus respectivos municípios. Para se vacinar, basta consultar um local de imunização mais próximo e comparecer portando a caderneta de vacinação e um documento com foto, para que os profissionais de saúde localizem o cadastro no sistema de informação. Caso a pessoa não possua ou não encontre sua caderneta, os agentes de saúde preencherão uma nova.
A pasta também recomenda que aqueles que estiverem prestes a serem vacinados contra covid-19 tomem primeiramente o imunizante contra o coronavírus. Após isso, a orientação é esperar no mínimo 14 dias para receber a vacina contra a gripe.
O DIA procurou as secretarias de saúde para tratar sobre o novo planejamento de vacinação contra gripe, que passará a incluir a população em geral. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que, por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, "irá seguir a recomendação do Ministério da Saúde e ampliar os grupos a serem vacinados", sem dar maiores detalhes.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que também vai seguir as orientações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde na campanha de vacinação. "Demais informações serão divulgadas oportunamente", finalizou a secretaria em nota.
Estagiária sob supervisão de Bernardo Costa*
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