Agentes constataram situação de exposição grave a perigo de 11 idosos. Reprodução
Por O Dia
Publicado 10/07/2021 20:50
Rio - Policiais civis da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (Deapti) prenderam em flagrante, nesta sexta-feira (9), os proprietários de um asilo clandestino em Santíssimo, na Zona Oeste do Rio. O estabelecimento foi interditado. A ação aconteceu em conjunto com as secretarias municipais de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, de Assistência Social e de Saúde.

De acordo com a Polícia Civil, após a delegacia receber um relatório do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária informando o funcionamento de um abrigo clandestino no local, os agentes realizaram diligências. Na ocasião, foi constatada situação de exposição grave a perigo de 11 idosos. Segundo os agentes, o estabelecimento estava em situação insalubre, assim como os idosos. Foram encontradas camas em posição vertical para facilitar a drenagem da urina, banheiros sem portas e sem assentos, ausência de fraldas geriátricas e fezes de ratos na área de lavanderia.
Ainda de acordo com os policiais, os idosos estavam desnutridos e alguns desidratados, outros com escabiose (sarna). A alimentação das vítimas era à base de arroz, macarrão e salsicha, inclusive para os diabéticos, que estavam com a saúde severamente comprometida. Além disso, o asilo não contava com corpo técnico adequado, como médico responsável, enfermeiros ou nutricionistas, e os cuidadores e cozinheiros não tinham certificação. Os idosos foram assistidos pelas equipes que participaram da ação.
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Quatro foram entregues aos familiares, cinco realocados em abrigos da prefeitura e dois, que estavam em situação mais delicada de saúde, precisaram ser internados em unidade hospitalar. O estabelecimento não tinha alvará de funcionamento, CNPJ e demais autorizações dos órgãos competentes, assim como não celebrava qualquer contrato de prestação de serviços com os idosos. A administração ainda mantinha os documentos e cartões bancários dos usuários retidos. O casal identificado como proprietário vai responder por crimes contra idosos.
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