Publicado 12/07/2021 19:57 | Atualizado 12/07/2021 20:04
Rio - O promotor Fábio Vieira dos Santos, do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ), pediu a permanência da prisão do ex-vereador Jairo de Souza Santos, o Dr. Jairinho, e de Monique Medeiros, ppós defesas pleitearem a liberdade de ambos. A manifestação foi encaminhada na última semana à juíza Elizabeth Louro Machado, do II Tribunal do Júri, que está responsável pelo caso.
De acordo com a manifestação do promotor, a tentativa da defesa de apontar "uma possível quebra da cadeia de custódia no registro de provas obtidas durante o processo não procedia". Segundo ele, os motivos para a prisão do, à época, casal, como a conveniência da instrução criminal e a necessidade de se assegurar a aplicação da lei penal, seguem mantidos. Dr. Jairinho e Monique estão presos desde o dia 8 de abril e respondem por tortura, homicídio, fraude processual e coação na morte do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos.
As defesas de Jairinho e Monique Medeiros usaram o argumento de violação de quebra da cadeia de custódia no andamento do processo para pedir a retirada das provas obtidas nos celulares apreendidos. Segundo eles, os procedimentos necessários no andamento das investigações como a documentação da cronologia dos vestígios coletados não foi respeitado pela equipe da 16ª DP (Barra da Tijuca).
"Quanto a pretendida anulação, ao que parece, dos laudos dos aparelhos telefônicos e digitais apreendidos, por suposta quebra da cadeia de custódia, não tem cabimento, pois, nota-se, claramente, nos laudos, que os materiais apreendidos foram corretamente encaminhados e recebidos pelo perito e encaminhados acondicionado em embalagem plástica fechada por lacre (lacre plástico ostentando a seguinte sequência alfanumérica)", explica o promotor, em trecho da manifestação divulgado pelo jornal O Globo, nesta segunda-feira.
Relembre o caso
Henry Borel morreu na madrugada do dia 8 de março na emergência do Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca. Segundo o casal, o menino dormia no quarto e foi encontrado pela mãe, desacordado no chão. Na ocasião, a professora Monique relatou aos médicos que ouviu um barulho e foi ver o que tinha acontecido com o filho. Jairinho, que é médico, contou que o enteado não se mexia e o socorreu para a emergência.
O laudo da necropsia indicou a criança apresentava sinais de violência. A causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente. A perícia constatou vários hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica.
O laudo da necropsia indicou a criança apresentava sinais de violência. A causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente. A perícia constatou vários hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica.
A Polícia Civil já ouviu mais de 15 testemunhas. Uma ex-namorada do vereador o denunciou por agressões contra ela e a filha, que na época era menor. Já os médicos que atenderam o casal na madrugada em que Henry morreu disseram que o menino já chegou sem vida no hospital.
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