Dinheiro em espécie também foi encontrado na casa de Maurício DemétrioPolícia Civil / Divulgação
A Operação Carta de Corso foi deflagrada na manhã desta quarta-feira e prendeu, além do delegado, outros quatro policiais civis, dois comerciantes e um advogado. A movimentação do grupo começou a ser investigada pela Corregedoria da Polícia Civil no primeiro semestre de 2020.
"Essa é apenas a ponta do Iceberg de uma investigação de apenas umas localidades que eles fiscalizavam. Lá, semanalmente, eles arrecadavam R$ 250 de cada lojista. A partir de algumas desavenças de lojistas que se recusavam a pagar, foi instaurada uma investigação começou o depoimento desses lojistas lá na delegacia de Petrópolis", comentou o promotor de justiça do Gaeco, Diogo Erthal.
De acordo com o promotor, a partir das denúncias, Demétrio iniciou uma caça aos próprios investigadores que buscavam provas para prender integrantes da organização. Uma dessas ações, em março desse ano, resultou na operação Raposa no Galinheiro, que com provas forjadas pelo próprio investigado resultou na prisão do delegado Marcelo Machado.
Segundo os promotores do Gaeco, Maurício mantinha uma vida de luxo fora dos seus padrões. Um dos imóveis alugado por temporada pelo delegado custava R$ 40 mensais. Na casa de alto padrão, que fica no condomínio Porto Belíssimo Resort, em Mangaratiba, na Zona Oeste, foram apreendidos R$ 240 mil em espécie, três carros de luxo, dezenas de relógios e armas que seriam do delegado.
"Hoje a tentativa dele, mais uma vez, é de inverter essa situação. Ele menciona o nome de um colega que atuou na segunda fase dessa operação (Raposa no Galinheiro Fase 2), e que ele, mais uma vez tentando coagir testemunhas, deflagrou nova operação, cuja intenção não era de apreender o material, mas sim de conduzir as testemunhas que haviam deposto contra ele à DRCPIM para serem coagidas por ordem dele", explicou Erthal.
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