Jairinho é acusado de participação na morte do enteado, HenryRenan Olaz/CMRJ
"É um momento difícil, mas não iremos nos isentar da nossa responsabilidade", afirmou.
Em seguida, o vereador Luiz Ramos Filho (PMN), relator da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, leu o parecer elaborado pelo conselho.
"Por decisão unânime, após de indícios suficientes de envolvimento na morte do menino Henry, que resultou na prisão de Jairinho, a peça conclui a presença de elementos suficientes para apurar a conduta incompatível com decoro parlamentar. Não restou alternativa a esta Casa que não fosse a instauração para investigar a quebra de decoro", pontuou.
O relator explicou que o relatório elaborado pela Comissão de Ética com pedido de cassação foi baseado nos resultados da perícia, depoimentos. Ramos Filho ressaltou que Jairinho responde por homicídio triplamente qualificado, tortura e agressões contra Henry.
"Não restam dúvidas que Jairinho agredia Henry, culminando com a morre do menino. A perícia confirmou que a morte do menino não foi acidental, como diz a defesa. Os depoimentos de Pablo dos Santos Medeiros, conselheiro do Instituto D'Or, também serviram de base. Jairinho utilizou de sua posição política para tentar evitar que o corpo da criança fosse submetido à perícia no IML, além de tentar coagir testemunhas, o que configura quebra de decoro", disse.
Após a leitura do relatório, os vereadores estão discursando. Cada parlamentar poderá falar até 15 minutos cada.
Alexandre Isquierdo (DEM), presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, abriu os discursos.
"A palavra justiça foi o que permeou as decisões do conselho, com muita ética, lisura e transparência", anunciou.
"Não vamos votar hoje o crime de Dr. Jairinho. O que vamos votar é se houve ou não quebra de decoro. Jairinho cometeu abuso de poder, tráfico de influência e mentiu quando disse que o pequeno Henry caiu da cama", afirmou Chico Alencar (Psol).
Logo após os discursos dos vereadores, a defesa de Jairinho terá a oportunidade para se manifestar por até duas horas.
"Hoje estamos aqui para dar uma resposta ao pai do Henry, um menino inocente, brutalmente assassinado, que não tinha como se defender. Estamos dando uma resposta a outras crianças que foram vítimas do Dr. Jairinho. Peço que a sociedade não tenha medo de denunciar. Talvez o que aconteceu com Henry poderia ter sido evitado se as outras mães das crianças que Jairinho agrediu tivessem denunciado. Jairinho continuar na Casa é uma desmoralização, por isso votarei a favor da cassação", garantiu.
A votação nominal começará logo em seguida.
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