Operação mira grupo miliciano que atua no transporte alternativo na cidade de Mesquita, na Baixada Fluminense
Operação mira grupo miliciano que atua no transporte alternativo na cidade de Mesquita, na Baixada FluminenseReginaldo Pimenta/Agência O Dia
Por O Dia
Rio - Pelo menos sete policiais militares são alvos de uma ação, realizada nesta terça-feira (1º), contra a milícia que atua em Mesquita, na Baixada Fluminense. A operação Direção Perigosa visa cumprir 13 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão. Até às 7h, 10 pessoas tinham sido presas.
Foi realizado o pedido de afastamento imediato dos policiais militares investigados.
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De acordo com as investigações, o grupo liderado pelo policial militar Márcio Lima da Cunha, conhecido como "Zebu", explora o comércio ilegal de transporte alternativo. A polícia diz que, mesmo de dentro do Batalhão Prisional da Polícia Militar (BEP) desde 2018, ele exerce poder de controle em três cooperativas nos bairros Jacutinga, Santo Elias e Vila Emil, em Mesquita, através de cobrança de taxas para circular livremente pelos bairros.
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As investigações apontam ainda que policiais militares recebem propina para fazer vista grossa nas irregularidades. Eram eles, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio, os responsáveis por impedir que os veículos fossem fiscalizados. Dois PMs ainda são investigados por exercer outras funções para os criminosos.
"A milícia atuava de forma setorizada, com objetivo de auferir vantagens, tanto patrimoniais, como de domínio do território e imposição de força, mediante a prática de crimes como extorsão e corrupção ativa, dentre outros previstos no Código Penal", diz a nota do MPRJ.
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A operação é conjunto entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Polícia Militar e Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco).