Publicado 15/07/2021 07:39
Rio - O policial penal acusado de agressão contra o vizinho, em um condomínio na Barra da Tijuca, ficará afastado das atividades na Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) enquanto durar a investigação. A pasta também informou que ele vai responder por um Processo Administrativo Disciplinar. O caso está registrado na 32° DP (Taquara).
O policial penal chegou a ser preso, mas pagou fiança e responderá em liberdade. Ele é acusado pelo vizinho Leandro Citro de ter o agredido com socos e coronhadas na cabeça, além de ter armas apontadas para ele em momentos diferentes.
O agente da Seap, fora do horário de serviço, teria cometido as agressões na última segunda-feira (12) após uma discussão no condomínio. O analista de sistemas Leandro Citro, foi agredido na frente da esposa e da filha. Ele tem medo de voltar para o apartamento e passa dias na casa de um familiar. Citro levou pontos na cabeça por conta das coronhadas e tem hematomas no olho.
"Ele morava embaixo do meu apartamento e sempre reclamava que tinha ruído. Eu tenho uma filha de dois anos, e às vezes cai um brinquedinho, ou outro. Ele reclamava publicamente em grupos de WhatsApp, mas nunca veio até a gente para conversar", afirma Leandro.
Na última segunda, por volta das 23h, o policial penal tornou a reclamar do barulho. Leandro afirma que já estava dormindo com a filha. "Ouvi ele gritar na janela que ia levar uma bala para a gente. Ele tocou a campainha. Vi pelo olho mágico um homem, mas ele não parecia portar uma arma. Quando eu abro a porta, ele põe a arma na minha cara. Tentei fechar a porta, medi forças com ele, mas ele conseguiu arrombar".
A briga, então, foi para o corredor, despertando vizinhos e seguranças do condomínio. Nas imagens das câmeras de segurança, as quais O DIA teve acesso, é possível ver que o homem empurra Leandro e a esposa, sempre com uma pistola na mão. Após alguns minutos de confronto corporal, o analista de sistemas conseguiu tomar a arma do policial penal e levou até a portaria, mas deu de cara com o vizinho no elevador ao retornar para o apartamento. Neste momento, o agressor já estava com uma segunda arma.
"Nesse segundo momento, ele me deu coronhadas, tapas na cabeça. Senti uma terrível sensação de impotência. Eu esperava a morte. Ele apontou a arma para mim e minha reação foi correr. Achei realmente que ele fosse atirar pelas costas".
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