Angelina morreu nesta quinta-feiraReprodução
Publicado 20/07/2021 13:31
Rio - A Justiça converteu, nesta segunda-feira, para preventiva a prisão em flagrante de Lucas Alves Guimarães e Juliana Garcia Mirandella acusados de torturar, espancar e matar menina de 4 anos. O padrasto e a mãe da criança foram presos por policiais civis na última sexta-feira, no Quitandinha, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.
"No que diz respeito à conversão da prisão em flagrante em preventiva, entende este magistrado que a prisão se mostra necessária e proporcional, data vênia do entendimento defensivo, devendo ser destacado que os fatos imputados aos custodiados são tipificados como crime grave, notadamente porque dos autos se extrai que o indiciado teria agredido de forma violenta a vítima, uma criança de quatro anos e sua enteada, que, mesmo após o socorro médico, veio a óbito com diversos hematomas pelo corpo", ressaltou o juiz Antonio Luiz da Fonsêca Lucchese na decisão.
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De acordo com informações da 105ª DP (Petrópolis), o crime foi descoberto na noite de quinta-feira, quando a menina foi socorrida na UPA do Centro de Petrópolis, com traumatismo crânio encefálico em decorrência de espancamento. Ela passou por atendimento e chegou a ser transferida para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo as investigações feitas pela distrital, a menina já vinha sofrendo agressões desde janeiro. No episódio, ela teve as duas mãos e as costas queimadas com água fervendo.

O laudo de necropsia apontou que a morte da menina foi caracterizada pela síndrome de silverman ou síndrome da criança espancada, que é diagnosticada pelas lesões com cicatrizações antigas e recentes.
Lucas e Juliana também tem um filho juntos, um bebê de 3 meses que até o momento não apresentou indícios de ter sofrido violência. Segundo o delegado, o homem também agredia o irmão de Angelina, um menino de 7 anos. Ele considerava as duas crianças um entrave para o relacionamento do casal.
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Em um novo depoimento, a mulher também alegou que tinha medo do companheiro e por este motivo nunca acionou a polícia. "Ela confessou que sabia de algumas agressões contra os filhos, mas alegava que tinha medo pois também sofria violência doméstica e que a omissão dela era por conta do relacionamento abusivo. Ela foi encaminhada pra realizar exame de corpo de delito", explicou Neto.
Ambos vão responder por tortura majorada e homicídio qualificado. Juliana com agravante por ter presenciado algumas vezes as agressões e não notificar a polícia.
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