Publicado 22/07/2021 16:27
Rio - O município de Duque de Caxias confirmou, em nota, o primeiro registro de morte divulgado pela variante Delta no Estado do Rio de Janeiro. A vítima, um homem de 50 anos, foi identificada naquele município. Na última segunda (19), a Secretaria de Estado de Saúde informou que haviam 81 pessoas contaminadas pela nova variante. A capital fluminense informou que mais quatro casos de infecções com a B.1.617 foram identificados. São dois homens e duas mulheres com idades entre 28 e 60 anos.
A variante Delta está presente em pelo menos 111 países no mundo, conforme apontou a OMS no início desta semana, e tem circulado no Rio de Janeiro desde o final de maio. Sua transmissão comunitária preocupa e está se expandindo em todas as regiões do estado fluminense. A capital e Baixada Fluminense concentram o maior número de casos identificados da doença. A maior parte dos pacientes contaminados tiveram quadros brandos, mas uma pessoa em Duque de Caxias não resistiu à nova cepa da covid-19.
No município do Rio, a Secretaria Municipal de Saúde identificou quatro novos casos de acordo com o balanço feito nesta quinta-feira (22), totalizando um número de 27 infecções com a cepa oriunda da Índia na cidade. Os quatro novos pacientes que contraíram a doença possuem a faixa etária entre 28 e 60 anos, sendo dois homens e duas mulheres. Eles tiveram apenas sintomas gripais e já estão recuperados, contudo, fontes da prefeitura explicaram que o cenário pode estar mais expandido.
O DIA procurou os 12 municípios que tiveram casos divulgados com a contaminação pela nova cepa. Sete prefeituras (Campos, Duque de Caxias, Maricá, Japeri, Itaboraí, Seropédica e Rio de Janeiro) comunicaram que o quadro de infecção predominante identificado até o momento foi mais leve. Os sintomas detectados na maior parte dos pacientes foram febre, tosse e dor de cabeça, se assemelhando ao diagnóstico da gripe. Contudo, houve um quadro grave que resultou em morte.
Em Duque de Caxias, dois novos confirmados, totalizando seis, com faixas etárias entre 28 e 58 anos. Um paciente teve quadro grave e não resistiu à variante Delta. Do total, quatro dos que estavam sendo monitorados tiveram sintomas variados, mas predominantemente leves, os principais foram: febre, tosse, dispneia, dor de cabeça, dores no corpo, alteração de olfato e paladar e vômito. Um último paciente infectado com a nova cepa não conseguiu ser localizado.
No município do Rio, a Secretaria Municipal de Saúde identificou quatro novos casos de acordo com o balanço feito nesta quinta-feira (22), totalizando um número de 27 infecções com a cepa oriunda da Índia na cidade. Os quatro novos pacientes que contraíram a doença possuem a faixa etária entre 28 e 60 anos, sendo dois homens e duas mulheres. Eles tiveram apenas sintomas gripais e já estão recuperados, contudo, fontes da prefeitura explicaram que o cenário pode estar mais expandido.
O DIA procurou os 12 municípios que tiveram casos divulgados com a contaminação pela nova cepa. Sete prefeituras (Campos, Duque de Caxias, Maricá, Japeri, Itaboraí, Seropédica e Rio de Janeiro) comunicaram que o quadro de infecção predominante identificado até o momento foi mais leve. Os sintomas detectados na maior parte dos pacientes foram febre, tosse e dor de cabeça, se assemelhando ao diagnóstico da gripe. Contudo, houve um quadro grave que resultou em morte.
Em Duque de Caxias, dois novos confirmados, totalizando seis, com faixas etárias entre 28 e 58 anos. Um paciente teve quadro grave e não resistiu à variante Delta. Do total, quatro dos que estavam sendo monitorados tiveram sintomas variados, mas predominantemente leves, os principais foram: febre, tosse, dispneia, dor de cabeça, dores no corpo, alteração de olfato e paladar e vômito. Um último paciente infectado com a nova cepa não conseguiu ser localizado.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirmou que é possível dizer que a variante Delta circula no Rio. Uma pesquisa feita pela SES indicou que 78% das amostras foram da variante P.1 (Gama/ Brasil) e que 16%, da variante B1.617.2 (Delta).
"O estudo ocorre por amostragem, portanto, os números absolutos de casos não são mais considerados importantes e, sim a proporção de cada uma das variantes em relação ao número total de amostras sequenciadas. O sequenciamento do vírus da Covid-19 não é um exame de rotina nem de diagnóstico, é feito como vigilância genômica, para identificar modificações sofridas pelo vírus SARS-CoV-2 no estado e embasar políticas sanitárias", ressaltou.
Dúvidas sobre a variante Delta
O secretário estadual da Saúde, Alexandre Chieppe, enviou ao DIA um vídeo com orientações para toda a população a respeito da variante Delta.
"Duas questões são muito importantes de serem destacadas. A primeira é a vacinação, as vacinas que nós temos hoje disponíveis no Brasil são eficazes contra a variante Delta. A segunda questão é que as medidas de prevenção, sejam elas individuais como o uso de álcool em gel ou utilização da máscara, como as coletivas como as ações de distanciamento social, elas continuam sendo importantes independente da variante que está predominando. A identificação dessa variante Delta, e o eventual crescimento dela faz com que a gente tenha que intensificar as medidas de monitoramento mas ela não necessariamente afetam as medidas de prevenção que devem ser mantidas”, explicou o secretário.
Vacinação em massa pode conter todas as variantes
Na quarta-feira (21), o Estado informou que 52% da população fluminense maior de idade foi vacinada com a primeira dose. Uma estimativa feita pelo DIA, mostra que a cobertura com a segunda aplicação está em aproximadamente 22%. Para a pesquisadora em saúde da UFRJ, Chrystina Barros, o avanço na campanha de imunização é fundamental para impedir que a variante Delta, tanto quanto outras cepas, possam se transmitir pelo Rio.
"É necessário avançar com a vacinação o mais rápido possível e manter as medidas de distanciamento social, uso de máscara, e vigilância e testagem, porque esta variante Delta nos mostra inclusive que nós não estamos com controle e outras variantes podem surgir. Esse é o maior risco, então considerando os números, a importância da vacina é para o controle de qualquer disseminação de vírus. Não podemos pensar em função da variante Delta, ter um vírus se multiplicando é muito perigoso para o surgimento de qualquer variante”, explicou.
Todas as vacinas são eficientes contra a variante Delta, com destaque especial para a segunda dose, que aumenta consideravelmente a resposta imune de acordo com um estudo publicado pela revista britânica Nature, nos casos do imunizante Pfizer e AstraZeneca. Perguntada sobre qual era a sua avaliação sobre o risco que a cepa proveniente da Índia oferece ao Rio, considerando o quadro atual de vacinação no estado, Chrystina Barros afirmou que ainda não conseguimos um controle adequado da disseminação da doença.
"Hoje com a cobertura de vacina que nós temos já mudamos de maneira consistente a curva do número de óbitos que está diminuindo, também como a ocupação e o perfil dos internados. Aquelas pessoas que são ou foram o público-alvo, principalmente os idosos, que antes representavam mais do que a metade [das mortes], não chegam nem em torno de 30% das internações atualmente, então nós temos a vacina mudando sim, drasticamente, o número de óbitos e as internações. Mas nós ainda não conseguimos um controle adequado da disseminação", explicou.
É cedo para Réveillon e Carnaval
Durante a manhã desta quinta-feira (22), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, manteve a sua postura otimista e reforçou que a capital fluminense irá comemorar o Réveillon e o Carnaval em 2022. "Acho que tranquilamente a gente terá réveillon e carnaval, isso não tem mais a menor dúvida. Tenho repetido isso porque se você termina ali para 15 de agosto a primeira dose, você está terminando em outubro a segunda dose", disse o gestor ao programa Bom Dia Rio, da TV Globo.
Contudo, questionada pelo DIA sobre a possibilidade de comemoração destes grandes eventos, Chrystina Barros explicou que a vacinação no Rio tem apresentado resultados positivos, mas que seria uma ação prematura enquanto não houver uma proteção de maior escala em todo país.
"A gente tem uma perspectiva sim de que até outubro já tenha próximo a 70% da população da capital vacinada, mas [comemorar réveillon e carnaval] é prematuro e enquanto não houver a vacinação no nosso país e o controle efetivo dos casos, das variantes, é cedo para afirmar sobre réveillon e carnaval. Essas festas atraem turistas, e tudo que não precisamos é de gente que venha pra cá para dar carona ao vírus com outras variantes", explicou.
Confira a nota divulgada pela prefeitura de Duque de Caxias
"A Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias, através do CIEVS esclarece que o paciente que veio a óbito é do sexo masculino, 50 anos, morador de Duque de Caxias e que o mesmo deu entrada na UPA Beira Mar, sendo transferido para a UTI do Hospital Municipal Dr Moacyr Rodrigues do Carmo, onde foi a óbito. Quanto a notificação que confirma o paciente como portador da variante Delta, a SMSDC informa que esta confirmação foi realizada pela SES-RJ, que monitora os resultados dos exames realizados em todo o Estado, e repassada ao município".
Estagiário sob supervisão de Thiago Antunes e Gustavo Ribeiro
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