Publicado 29/07/2021 09:38 | Atualizado 29/07/2021 10:28
Rio - O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta quarta-feira o projeto de concessão da Avenida Presidente Dutra e da rodovia Rio-Santos, com a isenção de pedágio para motociclistas. O benefício foi prometido ao grupo pelo presidente Jair Bolsonaro e será viabilizado com o aumento de tarifas para os demais motoristas.
O ministro Walton Alencar, relator do processo no TCU, disse que a isenção é "razoável" e ajudará a evitar acidentes nas rodovias federais. "Quando o motociclista para na cabine normalmente ele demora três ou quatro vezes mais do que um veículo regular para proceder ao pagamento. Há muitos registros de acidentes neste momento, uma vez que veículos de maior porte têm dificuldades de frenagem. Então vários motoqueiros foram atropelados por ocasião da retirada da carteira para pagamento dos pedágios".
Além disso, Alencar afirmou que o número de motociclistas que usam rodovias federais com pedágios representa de 0,3% a 1% do total de veículos. No caso da Avenida Presidente Dutra, o percentual é de 0,5%.
Segundo o Ministério da Infraestrutura, o impacto da isenção nas tarifas para carros e caminhões será "baixo", de 0,5% em média. No entanto, a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) calcula que a isenção terá impacto de 5% na tarifa.
Em votação unânime, os ministros do TCU acompanharam o relator, que votou pela aprovação do projeto da concessão das rodovias federais. Em nota, o Ministério da Infraestrutura afirmou que a aprovação do TCU é o último passo antes da publicação do edital de concessão.
De acordo com a previsão da pasta, o leilão deve acontecer no quarto trimestre de 2021, com investimentos de até R$ 14,8 bilhões em ampliação de capacidade das estradas, com duplicações, implantação de terceiras e quartas faixas, além de vias marginais.
'Motociatas'
Bolsonaro vem reunindo motociclistas em manifestações pró-governo em vários estados do país. Nos eventos, o presidente costuma criticar as medidas sobre o combate à covid-19 e gera grandes aglomerações. A sua última 'motociata' no Rio foi realizada no dia do trabalhador, data historicamente ligada à mobilizações de grupos que se identificam com a esquerda.
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