Publicado 10/08/2021 10:14
Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou que o Comitê Científico é a "voz de comando" do município em relação ao plano de reabertura das atividades presenciais na cidade. Em reunião na segunda-feira (9), o grupo de especialistas orientou uma retomada mais branda daquela anunciada pela prefeitura há duas semanas. O Comitê vê com preocupação o aumento no número de casos de Covid-19 na capital, consequência da circulação da variante Delta. O município pode voltar atrás nos próximos dias.
Em relação ao plano de reabertura programado pela prefeitura em três etapas - 2 de setembro, 17 de outubro e 15 de novembro -, o Comitê recomendou flexibilizações baseadas na porcentagem da população vacinada, e não em datas. Na primeira etapa a prefeitura pretendia liberar eventos em ambientes abertos; o Comitê recomenda eventos de até 500 pessoas. A segunda etapa, quando o município prevê 100% de público vacinado em boates, danceterias e casas de show, o Comitê orienta uma capacidade mais conservadora, de 50% do público.
O prefeito comentou as recomendações do Comitê. "E no final são eles a voz de comando aqui na prefeitura do Rio. Vamos observando o cenário epidemiológico e o ritmo da vacinação e fazendo os ajustes necessários", escreveu Paes no Twitter.
Nesta terça-feira (10), a cidade do Rio vacina pessoas de 25 anos.
Comitê critica Ministério da Saúde por atraso de doses; vacina pode ser suspensa novamente
Na ata da reunião, publicada no Diário Oficial do município desta terça-feira (10), o Comitê elogiou os esforços da Secretaria Municipal de Saúde na logística da distribuição de doses, mas afirmou ver "com enorme preocupação o atraso de envio de vacinas pelo MS comprometendo a imunização da população". No último sábado (7), a vacinação começou duas horas mais tarde, às 10h, para dar tempo de municiar todos os postos de saúde.
O Comitê orientou que o Ministério da Saúde "reveja seu processo de logística entre o recebimento e a distribuição de vacinas registrando como inaceitável qualquer possibilidade de envio de vacinas que não seja por via aérea. Ainda, que o envio terrestre pelo MS seja utilizado somente diante da impossibilidade de uso de malha aérea civil e militar". O período entre o recebimento e a distribuição "não pode exceder 24 horas".
O município do Rio está em seu último dia de capacidade de manter os estoques de vacina para continuar oferecendo a primeira dose da campanha contra a covid-19. A falta de imunizantes acontece em função da demora do Ministério da Saúde em enviar novas remessas e ainda não há uma confirmação oficial para a entrega do próximo lote. De acordo com o secretário municipal da Saúde, Daniel Soranz, há uma previsão de chegada até o final do dia.
“Está todo mundo na expectativa do Ministério da Saúde enviar as doses. Ele já tem 11,9 milhões de doses recebidas em seu estoque e a gente está esperando o envio para hoje. É muito importante que a pasta acelere a distribuição para que a gente não precise interromper o calendário no Rio de Janeiro”, afirmou Soranz durante entrevista ao programa Bom Dia Rio, da TV Globo.
“Está todo mundo na expectativa do Ministério da Saúde enviar as doses. Ele já tem 11,9 milhões de doses recebidas em seu estoque e a gente está esperando o envio para hoje. É muito importante que a pasta acelere a distribuição para que a gente não precise interromper o calendário no Rio de Janeiro”, afirmou Soranz durante entrevista ao programa Bom Dia Rio, da TV Globo.
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