Família de Sepetiba busca informações sobre rapaz que desapareceu após viagem para zona de garimpo na AmazôniaReprodução / Redes Sociais
Publicado 16/08/2021 11:59 | Atualizado 16/08/2021 15:45
Rio - O jovem Wallace Gabriel Lopes, de 24 anos, está desaparecido desde o último dia 4 após o mecânico de aeronaves sair em um avião em Boa Vista, em Roraima, em direção a uma região de garimpo na Amazônia para consertar uma máquina. A família dele, que mora em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio, busca notícias sobre o paradeiro do rapaz. Mesmo após dez dias de buscas realizadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) na região, ele e outros dois tripulantes não foram encontrados.
Nas redes sociais, a companheira de Wallace, Amanda Ferreira, contou que falou com ele por mensagem pela última vez por volta das 6h20 do dia 4. Na mensagem, o rapaz informou que estavam indo em direção ao garimpo de avião. Desde então, ninguém mais conseguiu contato. Amanda informou também que tentou rastrear o celular de Wallace, mas não foi possível localizar o sinal.
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"Não se sabe o que ocorreu. Se fizeram pouso forçado e estão pela mata, se o avião caiu, ou qualquer outra suposição. Ainda não há nada concreto!! Estou angustiada demais, pois já se passaram dias e até hoje não tivemos nenhuma notícia, mas temos fé que eles estão bem, que estão com vida!", escreveu ela.
Além de Wallace, outras duas pessoas estavam na aeronave - o piloto, identificado apenas como Cristiano, e o dono da máquina, Antônio José, que o rapaz iria consertar. Segundo Amanda, o avião foi fretado pelo próprio dono da aeronave que Wallace iria consertar. Ele trabalhava como autônomo e por ter contatos fora do estado, sempre era chamado para realizar esse tipo de serviço.
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As buscas começaram no mesmo dia após os três não terem informado que chegaram e não terem aparecido no garimpo. A Força Área Brasileira (FAB) também foi acionada pela mulher do piloto. Amanda ainda reforçou que, até o momento, não foi encontrado nenhum destroço ou rastros de pessoas pela mata.
A FAB informou que após dez dias, as buscas foram suspensas no domingo (15). Contudo, há possibilidade de serem reativadas, caso haja novas informações sobre a aeronave. 
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Confira a nota da FAB na íntegra:
O Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico Amazônico (ARCC-AZ), unidade da Força Aérea Brasileira responsável por coordenar as operações de buscas aéreas na região, foi notificado sobre o desaparecimento da aeronave de prefixo PU-POT, que decolou de Boa Vista (RR).

Conforme estabelecido nas normas internacionais de busca e salvamento, o Centro de Coordenação realizou, desde a notificação do desaparecimento, o levantamento de dados sobre a aeronave e a apuração sobre a possível trajetória da aeronave no intuito de estabelecer as novas fases da operação e de comunicar as autoridades responsáveis.

Desde a sexta-feira (06), as aeronaves SC-105 Amazonas SAR e H-60 Black Hawk seguiram os padrões internacionais de busca, não encontrando vestígios da aeronave desaparecida.

As buscas foram suspensas neste domingo (15), totalizando 10 dias de operação, tendo sido a área completamente coberta e todos os indícios de localização seguidos. Contudo, a suspensão não significa encerramento e a operação de Busca e Salvamento pode ser reativada quando justificada por meio do surgimento de novas informações sobre a aeronave e/ou o piloto.

O Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico Amazônico manteve a família do piloto informada do andamento das buscas, bem como sobre a suspensão da operação.

O processo envolveu, ainda, a Busca Estendida por Comunicações, a qual ocorre por meio de todos os meios de comunicações disponíveis e consiste em realizar contato com órgãos e pessoas a fim de obter informações relacionadas à localização e situação de uma aeronave envolvida em uma ocorrência aeronáutica.

As missões de Busca e Salvamento realizadas pela Força Aérea Brasileira acontecem sobre todo o território nacional, sobre o mar territorial e ainda em uma ampla área de águas internacionais do Atlântico. Como signatário de tratados internacionais, o Brasil é responsável por tais missões em uma área de mais de 22 milhões de km², quase três vezes a extensão territorial do País (de 8,5 milhões de km²).
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