Alexandre, Lucas Matheus e Fernando Henrique desapareceram perto no Complexo do CastelarArquivo Pessoal
Acusado por irmão pelo desaparecimento de meninos na Baixada diz que jogou sacos em rio a pedido de traficantes
Lucas, Alexandre e Fernando Henrique desapareceram em dezembro do ano passado
Rio - O homem apontado pelo próprio irmão como um dos envolvidos no desaparecimento dos três meninos em Belford Roxo negou a participação no crime, mas admitiu ter jogado sacos entregues por traficantes embaixo de uma ponte. Ele foi ouvido na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e o delegado Uriel Alcântara pediu sua prisão, que foi negada pela Justiça.
Na quarta, um homem se apresentou no 39º BPM (Belford Roxo) e acusou o próprio irmão de ser um dos responsáveis pelo desaparecimento dos meninos Lucas Matheus, Alexandre Silva e Fernando Henrique, em dezembro do ano passado. Na declaração, dada na Agência de Inteligência do Batalhão, o depoente afirmou que o irmão é um traficante e teria atuado como o motorista do carro que transportou os corpos. Os dois foram ouvidos pela DHBF, e o suposto envolvido negou a participação.
Publicidade
Segundo a versão do homem, os meninos teriam sido espancados e mortos dentro de um condomínio na comunidade do Castelar, e os corpos levados em um carro para a bairro do Amapá, deixados em um local chamado Ponte de Ferro 38, próximo de um rio que corta Belford Roxo. Buscas foram feitas no fim da tarde de quarta-feira.
Apesar dos depoimentos, ainda não há informações sobre quando a polícia fará buscas para tentar encontrar os corpos dos garotos desaparecidos e confirmar se realmente foram ou não assassinados. Nesta quinta-feira, um parente dos meninos disse ainda não ter sido procurado pela polícia e que nada sabia sobre a denúncia feita nesta quarta-feira.
Publicidade
Morte teria sido a mando de traficantes
De acordo com o resumo do setor de inteligência do batalhão, o motivo da tortura foi o furto de "uma gaiola de passarinho". Os meninos teriam sido espancados e mortos por ordem do traficante José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como Piranha ou Cem, no interior do condomínio Amarelo, que fica dentro da comunidade do Castelar, em Belford Roxo.
Publicidade
Piranha se encontra na situação de Evadido do Sistema Penitenciário desde maio de 2017, quando saiu no benefício do Indulto dos Dias das Mães, do Casa do Albergado Crispim Ventino. Ele é da facção Comando Vermelho e oriundo da Vila Cruzeiro.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.