Família de Rio das Pedras: Israel, Adriana, Davi, Kael e LavíniaREPRODUÇÃO FACEBOOK

Rio - Israel Pereira Torres disse que poderia se atrasar, mas confirmou presença no almoço em comemoração ao Dia dos Pais, no último domingo, na casa do irmão Antônio. Não compareceu, nem deu notícias nos dias seguintes. O porteiro de 35 anos, a esposa Adriana Araújo Torres, de 36, e os filhos Davi, 5, Kalel, 3, e Lavínia, de 1 ano e meio, estão desaparecidos há quatro dias, em um episódio que desespera familiares, amigos e vizinhos em Rio das Pedras, onde a família vive. O caso é investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

A família foi vista pela última vez na manhã de domingo. Nos celulares do casal, que já dão na caixa postal, a última visualização no Whatsapp é da manhã de segunda-feira. Israel, porteiro de um edifício, não foi visto no trabalho, nem os filhos na escola. "Um colega de trabalho entrou em contato informando que ele não tinha ido trabalhar. E ele não costuma faltar ou atrasar, está nesse trabalho há mais de dez anos. Estavam querendo saber dele, o procurando. Segunda-feira, por volta das 23h, minha irmã entrou em contato com os telefones e os números já estavam desligados", afirma Antônio Torres, irmão de Israel.


Antônio e a irmã Jeane lideraram as buscas pela vizinhança e por hospitais próximos, mas não houve registros. A delegacia ainda não encontrou qualquer informação de entrada em hospitais, ou Instituto Médico Legal, que possam bater com as características da família. Apesar de ter nascido no Ceará, Israel chegou ao Rio ainda bebê, o que também descarta a hipótese de que eles poderiam ter ido viajar para visitar algum parente fora do estado.
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Israel e Adriana - REPRODUÇÃO FACEBOOK
Israel e AdrianaREPRODUÇÃO FACEBOOK


Na terça-feira, Antônio conseguiu entrar na casa e observou que tudo estava no mesmo lugar. "Só não achamos a bolsa de roupas da bebê, nem a documentação das crianças. Também não localizamos os celulares. Mas estava tudo aparentemente normal: as roupas estavam ainda molhadas no varal, os copos na mesa, as frutas na cozinha", detalha o irmão. Os familiares não conseguem imaginar o que pode ter acontecido, já que a família sempre foi vista como reservada e tranquila.

"Todos são evangélicos, não bebiam, não fumavam, não deviam a ninguém. Todos eram muito reservados, e ficaram ainda mais nos últimos meses por conta da pandemia".

As últimas imagens registradas por câmeras de segurança são de Israel saindo do edifício onde trabalha, na manhã de domingo, Dia dos Pais. Ele chegou a marcar um almoço com o irmão, e avisou que só poderia após às 15h. Desde então, não foi mais visto, ou contatado.
"A segunda de manhã foi a última vez que eles mexeram no celular. Por volta das 7h40. A última conversa foi entre a mãe de Adriana com a filha. A mãe diz que mandou uma mensagem para o Israel, mas ele não respondeu. E aí a Adriana responde em um áudio, dizendo: 'mãe, você deve ter mandado para o número errado'. A mãe pergunta se ele está bem, ela diz que sim. Nosso desespero é que a gente não faz ideia do que pode ter acontecido".
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Os irmãos de Israel devem voltar hoje à casa, junto com o proprietário, para tentar novas pistas. A Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA) também realiza diligências para localizar a família. Páginas locais também se mobilizaram para receber informações verdadeiras.