Mulheres negras respondem por 68,2% dos trabalhadores em serviços domésticos no RioTânia Rêgo/Agência Brasil
Rio - Um estudo inédito da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação da prefeitura do Rio apontou que a pandemia de covid-19 piorou um cenário já desfavorável para mulheres negras que buscam um emprego. A pesquisa pretende investigar as desigualdades por gênero e raça no mercado de trabalho no município do Rio, fornecendo dados para subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas de qualidade que possam solucionar a questão.
A taxa de participação das mulheres negras no mercado de trabalho reduziu nove pontos percentuais entre o primeiro trimestre de 2020 (56%) e o mesmo período de 2021 (47%). Apesar de representar 22,5% da população em idade ativa, acima de 14 anos, elas ocupavam apenas 18% dos postos de trabalho com carteira assinada no primeiro trimestre deste ano.
"Precisamos investir na formação e capacitação dessas mulheres. Estamos desenvolvendo programas de educação financeira e de alfabetização tecnológica. O objetivo é que, no máximo, no início do ano que vem, eles possam sair do papel", explica o secretário titular da pasta, Chicão Bulhões.
Com o fechamento das escolas, muitas precisaram parar de trabalhar para ficar em casa com os filhos. Além disso, os setores nos quais se concentram, como emprego doméstico, alojamento e alimentação e serviços pessoais não podem ser realizados de forma remota. A redução da participação no mercado de trabalho foi a maior variação entre os grupos.
"Precisamos investir na formação e capacitação dessas mulheres. Estamos desenvolvendo programas de educação financeira e de alfabetização tecnológica. O objetivo é que, no máximo, no início do ano que vem, eles possam sair do papel", explica o secretário titular da pasta, Chicão Bulhões.
Com o fechamento das escolas, muitas precisaram parar de trabalhar para ficar em casa com os filhos. Além disso, os setores nos quais se concentram, como emprego doméstico, alojamento e alimentação e serviços pessoais não podem ser realizados de forma remota. A redução da participação no mercado de trabalho foi a maior variação entre os grupos.
Mulheres brancas tiveram queda de 5,9 pontos percentuais, a mesma de homens negros, mas que ocupam um patamar maior (68,9%). Com maior empregabilidade, homens brancos exibiram a menor variação no percentual de pessoas na força de trabalho, 4,3 pontos percentuais, chegando a 64,5%.
Já o desemprego das mulheres negras, que era de 17,6% no último trimestre de 2019, chegou a 22% ao longo de 2020. A queda na ocupação ocorreu para todos os grupos socioeconômicos, mas foi mais intensa para a população negra, com perda de cerca de 20% do total de ocupados, entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, enquanto os brancos tiveram redução de 8% entre as mulheres e 4% entre os homens.
O estudo mostra ainda que mulheres negras respondem por 68,2% dos trabalhadores em serviços domésticos no Rio, enquanto representam apenas 15,2% nos setores de informação, comunicação e atividades financeiras e 10,8% nas áreas de administração pública, defesa e seguridade social. A desigualdade também chama atenção na escolaridade, quando 44,6% das mulheres brancas possuem superior completo contra 21,3% das mulheres negras.
Dentre as políticas públicas em andamento, está o desenvolvimento de programas de capacitação em atividades que remuneram mais e que tenham maior empregabilidade, como o Programadores Cariocas, projeto com foco em cursos de programação para jovens com o objetivo de prepará-los para o mercado de tecnologia. Por ser um setor que ainda é predominantemente masculino, o projeto contará com metas para incentivar a formação de mulheres, em especial, negras.
Já o desemprego das mulheres negras, que era de 17,6% no último trimestre de 2019, chegou a 22% ao longo de 2020. A queda na ocupação ocorreu para todos os grupos socioeconômicos, mas foi mais intensa para a população negra, com perda de cerca de 20% do total de ocupados, entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021, enquanto os brancos tiveram redução de 8% entre as mulheres e 4% entre os homens.
O estudo mostra ainda que mulheres negras respondem por 68,2% dos trabalhadores em serviços domésticos no Rio, enquanto representam apenas 15,2% nos setores de informação, comunicação e atividades financeiras e 10,8% nas áreas de administração pública, defesa e seguridade social. A desigualdade também chama atenção na escolaridade, quando 44,6% das mulheres brancas possuem superior completo contra 21,3% das mulheres negras.
Dentre as políticas públicas em andamento, está o desenvolvimento de programas de capacitação em atividades que remuneram mais e que tenham maior empregabilidade, como o Programadores Cariocas, projeto com foco em cursos de programação para jovens com o objetivo de prepará-los para o mercado de tecnologia. Por ser um setor que ainda é predominantemente masculino, o projeto contará com metas para incentivar a formação de mulheres, em especial, negras.
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