Publicado 18/08/2021 18:20 | Atualizado 18/08/2021 20:24
Rio - Servidores municipais, estaduais e federais realizaram, nesta quarta-feira, um ato na Candelária, Região Central do Rio. Na manifestação, a categoria protestou contra a proposta de emenda à Constituição (PEC) 32, de autoria do governo federal, que reformula o RH do país. A proposta extingue a estabilidade de futuros funcionários públicos (com exceção das carreiras de Estado), acaba com benefícios e garantias previstas — como adicionais por tempo de serviço e promoções automáticas —, amplia a possibilidade de contratação de comissionados e reduz a realização de concursos, entre outros pontos.
Durante a mobilização, que seguiu por diversas ruas do Centro do Rio, manifestantes carregaram faixas e cartazes em protesto à reforma, pediram "fora Bolsonaro' e entoaram gritos como: "Vai avançar a vontade popular". Segundo a Polícia Militar, que acompanhou a ação, o ato seguiu de forma pacífica.
Além da manifestação, professores e demais servidores das redes de ensino estadual, da capital e de outras cidades também decidiram pela paralisação de um dia. Os comunicados foram enviados pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) às respectivas secretarias.
Por conta da manifestação, o Centro de Operações Rio (COR) informou que houve bloqueios temporários na região. O trânsito já apresenta melhores condições.
'Reforma acaba com a carreira pública'
Coordenadora do Sepe, Izabel Costa afirma que, apesar da pandemia e da variante Delta do coronavírus, os servidores não tiveram outra alternativa, e por isso estão indo às ruas protestar contra as medidas previstas no texto.
"Os servidores não têm outra saída, estamos indo às ruas mantendo todos os protocolos da melhor forma possível nos nosso atos, mantendo o distanciamento. Os sindicatos estão levando máscaras, álcool em gel... Porque nós estamos em um processo de resistência, essa reforma do governo Bolsonaro não pode passar", ressalta Izabel.
"Primeiro, porque a reforma acaba com a carreira do servidor público. Significa nosso país regredir a uma condição de funcionários fantasmas, que são indicados, regredindo naquilo que a gente conseguiu, que foi o concurso público. Em segundo lugar, representa a precarização dos serviços públicos oferecidos à população, especialmente nas áreas de Saúde e Educação, que necessitam de um corpo de funcionários estáveis. Somos nós que garantimos esse serviço à sociedade, quando muitas vezes o governo não garante os investimentos", conclui.
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