O funcionalismo federal comunicou a realização de greve de 24 horas ao Ministério da Economia, informou a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef). No Rio, professores e demais servidores das redes de ensino estadual, da capital e de outras cidades também decidiram pela paralisação de um dia. Os comunicados também foram enviados pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe) às respectivas secretarias.
Para o diretor da Condsef e integrante do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), Rogério Expedito, o movimento desta quarta-feira marca uma série de atos que "vão pressionar os parlamentares indecisos e favoráveis à PEC 32".
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"Nossa avaliação é de que vai ter uma grande repercussão com a adesão das categorias e dos trabalhadores em geral, pois o movimento diz respeito à questão dos trabalhadores. Hoje, (o ato) acontecerá no Brasil inteiro. A gente começa com uma pressão muito grande em cima dos parlamentares indecisos e daqueles a favor da reforma. Também vamos começar a fazer inserções nas redes sociais, mostrando esses parlamentares. 'Se votar, não volta': é isso que mostraremos a eles", diz.
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'REFORMA ACABA COM A CARREIRA PÚBLICA'
Coordenadora do Sepe, Izabel Costa afirma que, apesar da pandemia e da variante Delta do coronavírus, os servidores não tiveram outra alternativa, e por isso estão indo às ruas protestar contra as medidas previstas no texto.
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"Os servidores não têm outra saída, estamos indo às ruas mantendo todos os protocolos da melhor forma possível nos nosso atos, mantendo o distanciamento. Os sindicatos estão levando máscaras, álcool em gel... Porque nós estamos em um processo de resistência, essa reforma do governo Bolsonaro não pode passar", ressalta Izabel.
"Primeiro, porque a reforma acaba com a carreira do servidor público. Significa nosso país regredir a uma condição de funcionários fantasmas, que são indicados, regredindo naquilo que a gente conseguiu, que foi o concurso público. Em segundo lugar, representa a precarização dos serviços públicos oferecidos à população, especialmente nas áreas de Saúde e Educação, que necessitam de um corpo de funcionários estáveis. Somos nós que garantimos esse serviço à sociedade, quando muitas vezes o governo não garante os investimentos", conclui.
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